jueves, 26 de febrero de 2009

Desperta-te, tu que dormes


Por Charles Wesley


“Acorda-te, tu que dormes, e levanta-te dos mortos.”
O Senhor te está chamando por minha boca e te exorta a conhecer-te a ti mesmo, espírito caído, e teu verdadeiro estado e condição. Que tens, dormilón? levanta-te e clama a teu Deus. Levanta-te e clama a teu Deus— quiçá O terá compaixão de ti e não perecerás. Uma grande tempestade se levanta em tua derredor e te estás submergindo nas profundidades da perdição, no oceano dos juízos divinos. Se queres escapar deles, arroja-te neles; “julga-te a ti mesmo, para que o Senhor não te julgue.”
¡Acorda-te, acorda-te! Levanta-te agora mesmo, não seja que tomes da mão de Jehová o copo do vinho de seu furor. Anima-te e toma-te do Senhor, o Senhor da Justiça, grande para salvar.” “Sacode-te do pó” ou ao menos deixa-te sacudir pelo tremor dos juízos do Senhor. Acorda-te e grita com o carcereiro: “Que é mister que eu faça para ser salvo?” e não descanses até que acredites em o Senhor Jesús com a fé que é seu dom por influência do Espírito Santo.
Se a algum me dirijo mais especialmente do que a outros, é a ti ¡oh alma! que não te crês aludida nesta exhortación. Tenho uma mensagem de Deus para ti e em seu nome te admoesto a que fujas da ira “que virá.” Mira, pois, teu retrato, oh alma indigna, em Pedro ali no escuro calaboiço, entre os soldados, carregado de correntes e vigiado pelos guardas da prisão. A noite quase passou e se aproxima a manhã quando terás de ser levada ao patíbulo; e em tão tremendas circunstâncias ainda dormes—estás profundamente dormida em braços do demônio, à orla do precipício, nas garras da eterna destruição.
Que o anjo do Senhor se acerque a ti e brilhe a luz em tua prisão. Que possas sentir a mão forte do Senhor que te levanta e sua voz que te diz: “Cinge-te, e ata-te tuas sandálias…Rodeia-te tua roupa e segue-me.”Acorda-te, oh espírito imortal, de teu sonho de felicidade mundana. Não te criou Deus para Ele mesmo? Não poderás descansar senão até que descanses nele. Volta-te ¡oh pobre descarriado! Apressa-te a entrar outra vez em tua arca. Este não é teu lar. Não penses edificar aqui tabernáculos.
Não és senão estrangeiro e peregrino sobre a terra; a criatura de um dia que se precipita a um estado inalterável. Apressa-te pois, que a eternidade se aproxima, a eternidade que depende deste momento, uma eternidade de gozo ou de sofrimento.

No hay comentarios:

Publicar un comentario