jueves, 28 de julio de 2011

AS OFERTAS: UMA PROVA SEGURA DO CARÁCTER DE QUEM DÁ



Por Andrew Murray

No mundo, o dinheiro é um padrão ou um certo critério de valor. É difícil expressar tudo o que o dinheiro significa para nós. É o símbolo do trabalho, da actividade, do talento. É com frequência uma amostra da bênção de Deus para com esforços diligentes. É o equivalente a uma grande parte de tudo quanto se pode ter ao serviço da mente e do corpo, da propriedade, do conforto ou do luxo, da influência e poder. Não é de estranhar que o mundo o ame, procure adquiri-lo e, com frequência, lhe rende adoração. Não é de admirar que seja o padrão de todos os valores, não apenas para coisas materiais, como também do próprio homem e, que, o homem, seja frequentemente medido pelo dinheiro que possui ou não.

Sem dúvida que, embora sob um princípio diferente, o homem é julgado não apenas pelo seu dinheiro no reino deste mundo, como também no reino dos céus o será com toda a certeza. O mundo se questiona: Quanto é que este indivíduo tem? Cristo pergunta: Como será que este homem usa o que tem? O mundo pensa, sobretudo, em ganhar dinheiro; Cristo, na melhor forma de vir a dá-lo. E quando um homem dá, o mundo ainda pergunta: Quanto dá? Cristo pergunta: Como deu? O mundo leva em conta o dinheiro e sua quantidade; Cristo, o homem que dá e seus motivos.

Isto pode ser visto na história da viúva pobre. Muitos que eram ricos davam muito, mas faziam-no «do que lhes sobrava». Não precisavam fazer nenhum sacrifício para poderem dar; a vida deles era tão boa e confortável tanto antes como depois de haverem dado, em nada mudava pela oferta; não lhes tinha custado nada. Não existia nenhum amor ou devoção especial a Deus em suas ofertas; apenas faziam parte de uma religião fácil e tradicional. A viúva doou duas moedinhas. Tirou do seu próprio sustento aquilo que deu. Deu tudo a Deus, sem reservas, sem nada reter. Deu tudo.

Como é diferente nosso critério para julgar as coisas de Cristo! Nós perguntamos quanto um indivíduo dá. Cristo pergunta quanto lhe resta. Nós olhamos a oferta. Cristo pergunta se a oferta foi um sacrifício. A viúva não ficou com nada para si, deu tudo. Esta doação ganhou a aprovação cordial de Jesus, por ter sido doada com espírito de sacrifício, como foi o Seu que, sendo rico, se fez pobre por amor a nós. Os outros deram muito, mas do que lhes sobrava; ela deu do que precisava, tudo quanto possuía e tinha.

Mas se nosso Senhor deseja que façamos o que ela fez, por que não nos deixou ordens específicas e claras sobre este assunto? Quanto nos alegraríamos quando ofertássemos. Ah, este é o centro fulcral da questão! Precisamos de uma ordem para o fazer! Este é precisamente o espírito do mundo na igreja, olhando o que damos, a quantia que damos. E isto é precisamente o que Cristo não quer nem aceita. Ele quer o amor generoso, o que dá sem que seja preciso mandar. Quer que toda a oferta saia ensopada no amor, uma verdadeira oferta voluntária. Se desejas a aprovação do Mestre, como a viúva pobre conseguiu, lembra-te de uma coisa: precisas colocar tudo a Seus pés, colocar tudo à Sua disposição. E isto, como sendo a expressão espontânea de um amor que, como o de Maria, não pode dar pouco, porque ama.

Todas as minhas ofertas voluntárias! Que prova de carácter. Senhor Jesus! Oh, dá-me a graça para Te amar de tal modo que eu possa saber como tenho de dar.

Tomado Del livro O Dinheiro de Andrew Murray

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