sábado, 9 de junio de 2012

A Insatisfação da Vida e o Seu Remédio



J. Hudson Taylor

Unir-se a Cristo e permanecer em Cristo – o que isso nos assegura? Paz, perfeita paz; descanso, repouso constante; respostas a todas as nossas orações; vitória sobre todos os nossos inimigos; uma vida pura e santa; e a capacidade cada vez maior de dar frutos.Tudo isso é o resultado maravilhoso de permanecer em Cristo...
 Mesmo assim, muita gente do povo de Deus não conhece o repouso nem a alegria de permanecer em Cristo; não sabe como obtê-lo nem por que ainda não o possui. Não são poucos os que se lembram das delícias dos primeiros dias, mas que, longe de prosseguirem para descobrir herança ainda maior em Cristo, estão perfeitamente conscientes de que perderam o seu primeiro amor. Tudo que lhes ficou foi um lamento queixoso: “Onde está aquela bem-aventurança que senti quando encontrei o Senhor pela primeira vez?”
 Há outros que, mesmo não tendo perdido o primeiro amor, sentem que as interrupções ocasionais à sua comunhão com o Senhor estão se tornando mais e mais insuportáveis, à medida que o mundo se lhes torna menos importante e a presença de Jesus mais indispensável. A ausência dele é causa de uma angústia que cresce mais a cada dia.
 “Ah! se eu soubesse onde o poderia achar!” (Jó 23.3). “Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho” (Ct 1.2). Você diz: “Quisera que o seu amor fosse constante e forte como o meu, e que ele nunca retirasse de diante de mim o brilho de sua face!”
 Pobre equivocado! Existe um amor muito mais forte do que o seu esperando-o, um amor que anseia por satisfazer-se. O Noivo é que está esperando por você; os empecilhos à sua aproximação são todos do seu lado. É só tomar o seu devido lugar, e você verá como ele terá prazer, como está ansioso por satisfazer seus desejos mais profundos e suprir todas as suas necessidades!
 Que diríamos de uma noiva cuja vaidade e teimosia impedissem não só a realização de sua própria felicidade, mas também a daquele que lhe entregara seu coração?

Embora nunca esteja tranqüila em sua ausência, ela não consegue confiar plenamente nele; tampouco tem coragem de abrir mão de seu próprio nome, seus próprios direitos e propriedades, sua própria vontade – mesmo em favor da pessoa que reconhece ser indispensável para sua felicidade. Ela gostaria muito de receber todo o seu amor e devoção, mas não consegue entregar-se inteiramente a ele; um, porém, é impossível sem o outro.
 Enquanto ela retiver seu próprio nome, jamais terá direito ao nome dele. Ela não poderá prometer amá-lo e honrá-lo sem, ao mesmo tempo, prometer obedecer-lhe. E, enquanto seu amor não chegar a esse ponto de total entrega e rendição, o seu amor será sempre um amor insatisfeito; jamais conseguirá achar descanso junto ao seu noivo como uma noiva satisfeita. Enquanto conservar sua vontade própria e o controle de suas próprias coisas, terá de contentar-se em viver de seus próprios recursos. Não terá direito aos recursos dele.
 Poderia haver uma prova mais lamentável da extensão e da dura realidade da queda da humanidade do que essa profunda e arraigada desconfiança em relação ao nosso amado Mestre e Senhor? É essa desconfiança que nos faz hesitar na hora de nos entregarmos completamente a ele, que nos faz temer que ele nos peça algo além de nossas forças ou exija de nós algo muito difícil de dar ou fazer. A verdadeira razão de uma vida insatisfeita pode, muitas vezes, ser encontrada na falta de render-se a Deus.
 Entretanto, como tudo isso é tolice e, ao mesmo tempo, um grande erro! Será que nos imaginamos mais sábios do que ele ou que nosso amor por nós mesmos é mais carinhoso e forte que o dele? Ou achamos que nos conhecemos melhor do que ele nos conhece? Como essa nossa desconfiança deve magoar e ferir novamente seu terno coração, ele que se tornou, por nossa causa, um homem de dores (Is 53.3)!
 Quais seriam os sentimentos de um noivo terreno, se descobrisse que sua noiva amada temia desposá-lo, com grandes receios de que usasse seu poder sobre ela para tornar sua vida insuportável? No entanto, não é exatamente assim que muitos remidos do Senhor o tratam! Não é de admirar que nunca estejam felizes ou satisfeitos!
 Mas o verdadeiro amor não fica estacionado; forçosamente, declinará ou crescerá. Apesar de todos os injustificados receios de nossos pobres corações, o amor divino é destinado à vitória. A amada exclama: “Suave é o aroma dos teus ungüentos, como ungüento derramado é o teu nome; por isso as donzelas te amam” (Ct 1.3).
 Não existia nenhum óleo como aquele com o qual o Sumo Sacerdote era ungido; e o nosso Noivo é um Sacerdote além de ser Rei. A tímida noiva não consegue desfazer-se totalmente de seus temores; apesar disso, a inquietação e a ansiedade tornaram-se insuportáveis, e ela decide render-se completamente e segui-lo, venha o que vier.

Ela lhe entregará o seu próprio ser, a mão e o coração, tudo que é e tudo o que possui. Nada pode ser mais insuportável que sua ausência! Se ele a levasse a outro monte Moriá (Gn 22.1-2) ou mesmo a um Calvário, ela o seguiria. “Leva-me tu, correremos após ti” (Ct 1.4).
 Mas oh! o que vem depois? Oh, que maravilhosa surpresa! Não é o Moriá, nem o Calvário; pelo contrário, é o próprio Rei! Quando o coração se entrega, Jesus reina. E quando Jesus reina, há descanso. E para onde levará ele sua noiva? “O Rei me introduziu nas suas recâmaras” (Ct 1.4). Não foi primeiro para a sala do banquete – isso virá na hora certa (Ct 2.4) – mas antes para ficar a sós com ele mesmo.
 Que perfeição! Algum noivo ficaria satisfeito em encontrar sua amada somente em um lugar público? Não, ele há de querer ficar a sós com sua noiva – ter a atenção dela todinha só para si mesmo. E assim ocorre com nosso Mestre: ele toma pela mão aquela que agora é sua esposa, totalmente rendida, e a leva à parte para fruir as sagradas intimidades de seu maravilhoso amor.
 O Noivo da Igreja está ansioso para entrar em comunhão com seu povo, muito mais do que este deseja estar com ele, e às vezes chega a clamar: “Mostra-me o teu rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e o teu rosto amável” (Ct 2.14).
 Não é verdade que estamos mais ansiosos em vê-lo por nossas necessidades do que para dar a ele alegria e prazer? Mas não deveria ser assim. Nós não aprovamos crianças que só estão interessadas no que podem obter dos pais, e nunca pensam no prazer ou na ajuda que lhes podem proporcionar. Igualmente, não estamos nos esquecendo que agradar a Deus é dar-lhe prazer?
 Talvez as palavras “agradar a Deus”, para nós, significavam apenas não pecar contra ele, nem entristecê-lo; mas o amor dos pais terrenos ficaria satisfeito com a mera ausência da desobediência? Ou um noivo ficaria feliz se sua noiva só o procurasse para resolver suas próprias necessidades?
 Será oportuno, agora, dar uma palavra sobre as primeiras horas da manhã. Não há tempo mais bem aproveitado do que as primeiras horas do dia, quando as dedicamos somente a Jesus. Estamos dando a devida atenção a esse tempo? Se for possível, resgate esse tempo, pois é insubstituível. É preciso tirar tempo para andarmos com Deus!
 Uma outra sugestão: quando levamos nossas questões a Deus, é comum passar rapidamente de um pedido a outro, ou sair do nosso tempo de oração, sem esperar uma resposta. Essa atitude não revela nossa pouca esperança, ou nosso pouco desejo de obter uma resposta? Será que gostaríamos que nos tratassem assim? Esperar, em silêncio, diante de Deus, evitaria muitos enganos e muitas tristezas.
 Vemos, então, como a noiva fez uma maravilhosa descoberta, como o primeiro fruto de sua entrega de si mesma: o Rei – seu Rei – e não uma cruz, como ela esperava. “Em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; não é sem razão que te amam” (Ct 1.4).

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VIVENDO A VIDA QUE AGRADA A DEUS



Por Hannah Whitall Smith

Você é um filho de Deus, e deseja ardentemente agradá-Lo. Você ama seu divino Mestre, e está angustiado e cansado do pecado que O entristece. Você anseia por ser liberto do poder do pecado. Tudo que você tentou até aqui  para se livrar falhou, e agora, em seu desespero, você se pergunta se realmente é possível esta libertação, se o que essas pessoas felizes andam dizendo, que Jesus é capaz e desejoso de libertá-lo, é verdade.
Certamente que no íntimo da sua alma, você deve saber que isso é verdadeque salvá-lo das mãos de todos os seus inimigos é, de fato, a verdadeira causa de Jesus ter vindo. Então confie Nele. Confie-lhe sua causa sem reserva alguma, e creia que Ele Se encarregará dela, e logo a seguir, baseado no que Ele é e no que Ele disse, declare que está sendo salvo agora mesmo por Ele. Da mesma forma como você creu da primeira vez que Ele o libertou da culpa do pecado porque Ele o disse, da mesma forma creia que Ele o liberta do poder do pecado porque Ele assim diz.
Através da fé, tome posse agora mesmo de um novo poder em Cristo. Você creu Nele como o Salvador que morreu em seu lugar; creia Nele agora como seu Salvador que está vivo. Da mesma forma como Ele veio para livrá-lo do juizo futuro, também veio para livrar você do cativeiro atual. Assim como verdadeiramente Ele veio para ser açoitado em seu lugar, também veio para lhe dar Sua vida.
Tanto no primeiro quanto no segundo caso você é completamente impotente. É tão difícil se livrar dos seus pecados quanto alcançar agora a sua própria justiça prática. Cristo, e somente Cristo, pode fazer tanto uma como outra por você, e a sua parte em ambos os casos é simplesmente entregar-Lhe a situaçao, e crer que Ele fará o resto.

jueves, 7 de junio de 2012

Confissões Ministeriais



Por Horatius Bonar
Temos sido carnais e insensíveis espiritualmente. Por nos associarmos com muita freqüência e muita intimidade com o mundo, em grande medida acabamos nos acostumando com suas formas de agir. Como resultado, nossas percepções espirituais foram destruídas e nossas consciências calejadas. A tenra sensibilidade do nosso coração desapareceu e foi substituída por um grau de calosidade que antes nos achávamos incapazes de possuir.
Temos sido egoístas. Temos considerado preciosas nossas vidas e nosso conforto. Temos procurado agradar a nós mesmos. Tornamo-nos materialistas e cobiçosos. Não nos temos apresentado a Deus como “sacrifícios vivos”, dispondo de nós mesmos, do nosso tempo, da nossa força, das nossas faculdades e do nosso tudo sobre seu altar… assim como Jesus, que não agradou a si mesmo.
Temos sido indolentes. Não temos procurado ajuntar os fragmentos do nosso tempo, a fim de que nenhum momento fosse desperdiçado inutilmente. Preciosas horas e dias foram gastos sem propósito em conversas e prazeres fúteis, quando poderiam ser usados na oração, no estudo ou na pregação! Indolência, auto-satisfação e indulgência da carne estão corroendo nosso ministério qual tumor canceroso, impedindo a bênção e maculando nosso testemunho.
Temos sido apáticos. Mesmo na nossa diligência, quão pouco calor e brilho! Não derramamos toda nossa alma na nossa atividade, o que deixa tantas vezes a impressão de mera forma e rotina. Não falamos nem agimos como pessoas intensas. Nossas palavras são débeis, mesmo quando verdadeiras e fundamentadas. Nossas expressões são indiferentes, mesmo quando as palavras são carregadas de significado. Falta amor – amor que é forte como a morte; amor como aquele que fez Jeremias chorar em lugares secretos.
Temos sido tímidos. O temor nos tem levado muitas vezes a generalizar verdades, que se fossem declaradas especificamente, com certeza teriam trazido ódio e opróbrio sobre nós. Quantas vezes deixamos de declarar ao nosso povo todo o conselho de Deus. Temos nos retraído de reprovar, repreender e exortar com toda paciência e verdade. Tivemos medo de alienar amigos ou despertar a ira de inimigos.
Temos faltado em sobriedade. Como deveríamos nos sentir profundamente abatidos por causa da nossa leviandade, frivoleza, irreverência, alegria superficial, conversas vãs e brincadeiras, pelas quais sérios prejuízos foram causados a outros, o progresso dos santos retardado e a miserável inutilidade do mundo reforçada.
Temos pregado a nós mesmos e não a Cristo. Temos buscado aplausos, cortejado a honra, sido solícitos com a fama e enciumados por causa da reputação. Por muitas vezes, temos pregado visando atrair a atenção das pessoas para nós mesmos, ao invés de conduzi-las a Jesus e à sua cruz. Cristo não tem sido o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, de todos os nossos sermões.
Não temos estudado e honrado devidamente a Palavra de Deus. Temos dado proeminência maior aos escritos dos homens, às opiniões dos homens e aos sistemas humanos nos nossos estudos e meditações. Temos mantido mais comunhão com o homem do que com Deus. Precisamos estudar mais a Bíblia. Precisamos imergir nossas almas nela. Precisamos não só fazer um depósito dela dentro de nós, mas transfundi-la através de toda a textura do nosso interior. O estudo da verdade mais na forma acadêmica do que na devocional a tem roubado de seu vigor e da sua vida, gerando no seu lugar frieza e formalidade.
Não temos sido pessoas de oração. Temos permitido que negócios, estudos e atividades interfiram com nossas horas a sós com o Senhor. Uma atmosfera febril tem invadido nosso tempo devocional, perturbando a doce calma da bendita solitude. Sono, conversas fúteis, visitas sem propósito, brincadeiras, leituras sem conteúdo e ocupações inúteis preenchem tempo que poderia ser redimido e dedicado à oração. Por que há tanto palavrório e tão pouca oração? Por que tanta agitação e correria e tão pouca oração? Por que tantas reuniões com nossos próximos, e tão poucos encontros com Deus? É a falta destas horas solitárias que tornam nossas vidas impotentes, nosso trabalho improdutivo e nosso ministério débil e infrutífero.
Não temos honrado o Espírito Santo. Não temos procurado sua unção no estudo da Palavra nem na pregação. Temos entristecido-o, desvalorizando seu papel como Mestre, Consolador, Santificador e o único capaz de convencer do pecado ou da verdade. Por isso, por pouco ele tem se afastado de nós, deixando-nos colher o fruto da nossa própria perversidade e incredulidade.
Temos sido incrédulos. É a incredulidade que nos torna tão frios na pregação, tão indispostos para visitar e tão negligentes em todos os nossos deveres sagrados. É a incredulidade que congela nossa vida e endurece nosso coração. É a incredulidade que nos leva a lidar com realidades eternas com tanta irreverência. É a incredulidade que nos permite subir ao púlpito com passos tão leves, quando ali iremos tratar com seres imortais sobre assuntos referentes ao céu e ao inferno.
Precisamos de pessoas que se disponham e que se derramem; que se doem e que orem; que vigiem e chorem pelas vidas perdidas.

miércoles, 23 de mayo de 2012

DESEJO ARDENTE DE GANHAR ALMAS

Por Orlando Boyer
             Já ganhaste uma alma para Cristo? Já experimentaste? Conheces alguém atualmente na glória, com Cristo, levado por ti a Ele? Ou conheces alguém que está no caminho para o céu, porque o informaste do Salvador?
            Se fossem desvendados os teus olhos, neste momento, para contemplar a eternidade, e se te fosse revelado que tens de passar para lá, neste ano não desejarias depositar aos pés do Salvador algum presente como prova de teu amor? Pode haver um presente tão precioso ou aceitável ao Mestre, como uma alma ganha para Ele, durante um ano?
            As palavras dos maiores, na história da Igreja de Cristo, revelam como o coração os abrasava com este desejo; vamos citar algumas expressões:
            Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu morro!”
            Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”
            Diz-se de Aleine: “Era insaciavelmente desejoso de conversão de almas, e para este fim derramava seu coração em oração e pregação”
            João Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do meu trabalho”.
            Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo”.
            D. L. Moody: “Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer alvo e em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me com a Tua graça”.
            Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus”.
            João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de Fidji, no leito de morte, orava: “Senhor, salva Fidji, salva Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia de Fidji, salva Fidji!”
            João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: “Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”
            Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Ó Deus, dá-me almas ou morrerei!”
            Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse voado, ele se levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!”, e findou a sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida, dominava-o até a morte.
            Davi Brainerd falava: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o progresso do Teu reino”.
            Ele escreveu: “Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para ganhar cada alma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascer do sol até anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, oh! Meu querido Senhor suou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter mais compaixão”.
            Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar ou a maneira que tivesse de morar, nem por qual sofrimento tivesse de passar, contanto que pudesse ganhar almas para Cristo. Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não tinha outro desejo a não ser a conversão dos perdidos”.
Encontrava-se João Welsh, nas noites mais frias prostrado no chão, chorando e lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse a razão de sua ânsia, respondia: “Tenho que dar conta de três mil almas e não sei como estão”.
O profeta Jeremias: “Se eu disser: Não farei menção dele, nem falarei mais em Seu nome, há no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou cansado de sofrer, e não posso conter-me”. (Jer 20.9)
O apóstolo Paulo: “Tornei-me tudo para todos, para de todo e qualquer modo salvar alguns”. (1 Cor 9.22)
O sentimento do Filho de Deus: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”. (2 Tim 1.15)
O desejo do Pai celestial: “Pois assim amou Deus ao mundo, que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16)
D. L. Moody conta o seguinte, explicando como Deus o dirigiu a deixar tudo para passar o resto da vida no serviço de ganhar almas: “Não perdi a visão de Jesus Cristo, desde o primeiro dia que O encontrei, na loja em Boston, onde era caixeiro. Porém durante alguns anos achava que não podia trabalhar para Deus. Ninguém me pediu para que fizesse alguma coisa em favor do Evangelho.
Quando fui a Chicago, aluguei cinco assentos na Igreja, e saía e me esforçava para encher os bancos, com moços que encontrava nas ruas. Não falava a estes acerca das suas almas; julgava eu que falar aos pecadores era trabalho dos anciãos. Depois de algum tempo de assim trabalhar, abri uma Escola Dominical, em outra parte da cidade. Para mim, a única coisa era ter o maior número na Escola, e trabalhava com este alvo. Quando a assistência era de menos de mil pessoas, eu ficava perturbado; e quando subia a mil e duzentas ou a mil e quinhentas então me alegrava. Até então ninguém fora convertido; não houvera colheita. Então, Deus me iluminou.
Havia na escola uma classe de moças que eram, sem dúvida, as mais vaidosas que eu jamais encontrara. Num domingo o professor estava doente, e eu ensinei a classe. Zombaram de mim na minha presença e eu fui tentado a expulsá-las, para nunca mais voltarem. Durante a semana, o professor entrou na loja onde eu trabalhava. Vi que ele estava pálido e muito doente. “Que tens?” perguntei-lhe. – “Tive outra hemorragia nos pulmões. O médico diz que não posso ficar em Lake Michigan, e vou para o Estado de Nova Iorque. Por mim, vou para casa para morrer”. Ele parecia muito perturbado e quando perguntei a razão, respondeu: “Ora, nunca dirigi uma moça da minha classe para Cristo. Acho que realmente tenho feito mais mal do que bem, às moças”.
Nunca tinha ouvido alguém falar nisso, e fiquei meditando.
Depois de um pouco, eu disse: “Não achas bom ir dizer-lhes o que sentes? Irei, também, numa carruagem, se queres ir”. Ele concordou e saímos juntos. Foi uma das melhores viagens que jamais fiz na terra. Fomos à casa de uma das moças e o professor falou pra ela acerca da alma. Então, não se ria mais. Lágrimas apareceram-lhe nos olhos. O professor depois de explicar o caminho da salvação, sugeriu que orássemos. Pediu que eu orasse. Em verdade, nunca fizera tal coisa, nunca orara a Deus que convertesse a uma moça, e na mesma ocasião, porém, oramos, e Deus respondeu à oração.
Fomos à casa das outras moças. Quando ele subia a escada, faltava-lhe o fôlego, mas explicava às moças o propósito de nossa visita. E, sem muita demora, ficaram quebrantadas e começaram a buscar salvação.
Quando ele não podia mais andar, levei-o de novo para sua casa. No dia seguinte saímos outra vez. Passara-se dez dias, e chegou de novo à loja, com o rosto brilhando. “Sr Moody”, disse ele, “a ultima já se entregou a Cristo”. Como foi grande o nosso regozijo! Ele tinha de partir na noite do dia seguinte; chamei sua classe para uma reunião de oração, e lá, Deus acendeu um fogo na minha alma, que nunca mais se apagou. O maior alvo da minha vida era ser comerciante próspero; se tivesse sabido que estava para perder este alvo, é provável que não teria ido. Mas quantas vezes agradeço a Deus, depois daquele culto!
O professor que estava para morrer, sentou-se no centro da classe e falava-lhes, lendo o capitulo catorze de João. Experimentamos cantar o hino: “Benditos laços são, os do fraterno amor”, e depois ajoelhamo-nos para orar. Quando eu queria levantar-me da oração, uma das moças da classe começou a orar por seu professor, já moribundo, outra orou e, depois outra; e antes de nos levantarmos, a classe inteira tinha orado. Quando saímos, disse pra mim mesmo: “Ó Deus, deixa-me morrer antes de perder a benção que recebi aqui, esta noite!”
No dia seguinte, fui à estação despedir-me do professor. Antes de sair o trem, chegaram, uma a uma, todas as moças da classe sem haver qualquer combinação. Que culto! Experimentamos cantar, mas só podíamos chorar. A última coisa que vimos do professor, na plataforma do último carro, com o dedo apontado para cima, implorava que a classe o encontrasse no céu.
Eu não sabia o preço que tinha de pagar por causa desta experiência. Não tinha mais habilidade para o comércio, tinha perdido o gosto de negociar. Tinha provado algo de um outro mundo, e não queria mais ganhar dinheiro. Durante alguns dias depois, tive a maior luta da minha vida. Devia deixar o comércio e entregar-me inteiramente à Obra de Cristo, ou não? Nunca me arrependi da minha escolha. Oh, a delícia de dirigir alguém das trevas, à luz gloriosa do Evangelho!
Na primeira guerra mundial, um moço foi levado ao hospital, sofrendo ferimentos em quase todo o corpo. Em grande agonia, suplicava à enfermeira que lhe desse algo para dormir, para jamais acordar. Ela recusou e ele começou a implorar ao médico: “Tenha compaixão de mim. Faça com que eu durma. Por que devo viver? Estou completamente inutilizado. Não posso mais servir à pátria nem ao próximo. Dê-me um alívio”. Quando o médico também recusou, rogou que escrevessem ao rei, pedindo licença para que findassem com seus sofrimentos. Para apaziguá-lo, o médico escreveu ao rei Jorge, contando o caso do soldado valente que fora vencido pela dor. Chegou um telegrama para o soldado: “Teu rei precisa de ti. (a) Jorge”. O soldado, logo corou ânimo e ficou bom.
A mensagem direta para todo crente, é a mesma: “Teu Rei precisa de ti, ara proclamar a mensagem a todas as criaturas”.

QUERES FAZER QUATRO COISAS BOAS?
1.      Escreve uma lista, os nomes de pessoas que queres ganhar para Cristo, e todos os dias pede a Deus, em oração, que as salve.
2.      Deixa ao lado de cada nome, lugar para indicar quando tiveres a resposta.
3.      Agradece a Deus e dá-lhe glória por toda a alma salva.
4.      Assenta no coração ter alvo certo. Data e assina o seguinte:

GANHAR UMA ALMA
            Procuro, com auxílio do Senhor, ganhar uma alma cada ano (ou mês), e levá-la a fazer o mesmo.
            Data: _____/ _____ / _____
            Nome:____________________________

QUESTIONÁRIO
1.      Recitar 2 Timóteo 2.15.
2.      Citar algumas coisas em que podemos esforçar-nos para ganhar almas.
3.      Que temos de manejar bem para levar almas ao Salvador?
4.      Que disse o profeta Jeremias acerca de seu desejo ardente de testificar de Deus?
5.      Que disse o apóstolo Paulo neste sentido?
6.      De todos, quem tinha o alvo mais sincero e claramente traçado para gastar a vida em ganhar almas? Dar a razões pela resposta.

UM CHAMADO PARA ANGUSTIA



Por David Wilkerson

Eu olho para todo o cenário religioso atual e tudo que vejo são invenções e ministérios de homens e carne. A maioria sem Poder. Não há impacto sobre o mundo. E eu vejo mais o mundo entrando na igreja e impactando a igreja do que a igreja impactando o mundo. Eu vejo a música tomando conta da casa de Deus. Eu vejo o entretenimento tomando conta da casa de Deus. Buscam o entretenimento na casa de Deus, e odeiam a correção e a repreensão, ninguém quer ouvir isso mais. O que aconteceu com a angústia na casa de Deus? O que aconteceu com a angústia no ministério? Esta é uma palavra que não se ouve mais nesta época mimada. Não se ouve mais. Angústia significa extrema dor e sofrimento. As entranhas tão comovidas que isto se torna doloroso. Uma dor aguda no seu interior por causa das condições sobre você, em você ou ao teu redor. Angústia, profunda dor, profunda tristeza, agonia do CORAÇÃO DE DEUS!!! Estamos presos as nossos discursos religiosos e conversas sobre avivamento, mas nos tornamos tão PASSIVOS! Toda paixão verdadeira é nascida em meio à angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo nasce de um batismo de angústia. Olhando a escritura, você encontra que quando Deus intentava restaurar uma situação de ruínas Ele ia compartilhar sua própria angústia, pelo que Deus via acontecendo com sua igreja e com seu povo. E Ele ia encontrar um homem de oração e Ele ia tomar aquele homem e literalmente batizá-lo em angústia. Você encontra isso no livro de Neemias. Jerusalém está em ruínas. Como Deus irá lhe dar com isso? Como Deus irá restaurar as ruínas? Povo olhe pra mim... Neemias não era um pregador, ele tinha uma profissão. Ele foi um homem de oração. Deus encontrou um homem que não tinha apenas uma emoção de momento... Não apenas uma repentina explosão de preocupação e depois deixou isso morrer. Ele disse: “Não. Eu me entristeci e chorei e lamentei e jejuei. Então comecei a orar noite e dia.” Por que não estes outros homens? Por que eles não tinham uma resposta? Por que Deus não os usa na restauração? Por que eles não têm uma palavra? Porque não há sinal de angústia! Não há choro! Não há uma palavra de oração! É tudo ruínas! Não te importa a você hoje... Não te incomoda que a Jerusalém espiritual de Deus, a igreja, está agora casada com o mundo? Que existe tão grande frieza varrendo a terra? Mais perto que isso... Você não se importa com a Jerusalém que está em nossos próprios corações? O sinal de ruína que devagar vai drenando o poder espiritual e paixão. Cegos para a mornidão, cegos para a mistura que está rastejando para dentro. Isto é tudo que o diabo quer fazer é tirar o combate de você. E matá-lo. Então você não irá mais se ocupar em oração. Você não irá mais chorar diante de Deus. Você consegue sentar e assistir televisão e sua família vai para o inferno! Deixa eu te perguntar... É o que eu disse que te fez totalmente culpado? Existe uma grande diferença entre angústia e preocupação. Preocupação é algo que começa com o seu interesse, você tem um interesse em projeto ou causa ou necessidade. Eu vou lhe contar algo que aprendi nestes meus 50 anos pregando... Se algo não é nascido em angústia, se não tiver nascido do Espírito Santo, onde depois que você viu e ouviu a ruína isto te levou para os joelhos, te fez descer num batismo de angústia onde você começa a orar e buscar a Deus. Eu sei agora, oh meu Deus eu sei isso! Até eu estar em agonia, até eu ter sido angustiado sobre isso. E todos nossos projetos, todos nossos ministérios, tudo que fazemos... Onde estão os professores de escolas dominicais que choram pelas crianças que eles sabem que não estão ouvindo as lições e está indo para o inferno? Percebe? Uma vida verdadeira de oração começa no lugar da angústia. Percebe? Se você dispõe teu coração para orar, Deus virá e compartilhará o coração d’Ele com você. Seu coração começa a chorar – Ó Deus seu nome tem sido blasfemado. Zombam do Espírito Santo. O inimigo está tentando destruir o testemunho da fidelidade do Senhor. E algo precisa ser feito. Não haverá renovo, avivamento, nem despertamento. Até que nós estejamos dispostos a deixá-lo nos quebrantar de novo. Povo está ficando tarde e está ficando sério. Por favor, não me diga que você está preocupado... Quando você passa horas em frente da internet ou televisão. Vamos. Senhor é necessário chegar ao TEU altar e confessar Eu não é o que eu era, eu não sou o que deveria ser. Deus eu não tenho o seu coração ou suas preocupações. Eu busquei facilidades. Eu apenas queria ser feliz. Mas Senhor, verdadeira alegria vem, verdadeira alegria vem do meio da angústia. Nada carnal te dará alegria. Não me importa quanto dinheiro, que tipo de casa nova, é algo espiritual que pode te dar alegria. É algo realizado unicamente pelo Espírito Santo quando você O obedece e assume o Seu coração. Construa os muros em volta da sua família. Construa os muros em volta do seu coração. Seja forte e inconquistável contra o inimigo. Deus é o que nós desejamos.

martes, 15 de mayo de 2012

QUEBRANTAMENTO DE CORAÇÃO




Por Charles Finney

Você quer um coração sempre incendiado por Deus? Deseja conhecer a unção contínua do Espírito Santo? Está ansioso por ser usado no serviço do seu Senhor? Gostaria de estar sempre aceso com o poder de Deus? Você quer um avivamento permanente no seu próprio coração de tal forma a nunca perder seu primeiro amor, nem seu entusiasmo primitivo? Está orando para estar sempre ardendo por Deus e sempre interessado nas almas dos homens? Muito bem, aqui então está o segredo. Avivamento permanente é possível somente onde há contínuo quebrantamento de coração.
Agora, deixe-me fazer-lhe uma pergunta. Como foi que Finney alcançou avivamento permanente? Lembre-se, até ao dia de sua morte, ele foi um avivalista. Continuamente fazia seu trabalho de ganhar almas. Nunca perdeu seu peso pelas almas perdidas. Eu pergunto: Como foi possível manter tal ministério?
Todos os dias da sua vida ele fazia questão de estar sozinho com Deus e passar um tempo em silêncio com a Palavra. Todos os dias ele separava tempo para a oração. Ele nunca permitiu que um único dia passasse sem se encontrar com seu Senhor. Esta é a resposta.
Posso dizer que por mais de meio século, agora, tenho observado a vigília matutina.
Eu nem sonharia de ir trabalhar sem primeiro encontrar-me com Deus. Manhã após manhã vou ao meu escritório e espero no meu Senhor. Em primeiro lugar procuro imergir minha mente nas páginas do livro sagrado e depois dedico-me à oração e à súplica. Desta forma, encontro-me com Deus antes de me encontrar com os homens e ele soluciona os meus problemas antes que eu os enfrente. A vigília matutina tem tido um significado inexprimível na minha vida, e meu ministério seria fraco, sem poder e ineficaz sem ela.
Você tem um horário para se encontrar com Deus? Você tem um lugar para se encontrar com Deus? Já passou um dia na sua vida depois de convertido sem abrir as páginas do livro sagrado e estudar a Palavra de Deus? Você tem deixado um único dia passar sem derramar o seu coração em oração e súplica?
Meu amigo, se você quiser manter a espiritualidade que Deus lhe deu, se você quiser um avivamento permanente no seu coração, você terá que aprender a encontrar-se com o Senhor Jesus Cristo diariamente. Lembre-se que o maná era recolhido todos os dias. Você também terá de recolhê-lo diariamente, ou nunca terá utilidade alguma no serviço de Deus.
Houve épocas em que Finney sentia que estava esfriando e reconhecia que seu coração estava começando a gelar. Em cada uma dessas épocas ele recorreu a horas adicionais de oração.

sábado, 12 de mayo de 2012

A ALEGRIA DO EVANGELISMO


Por Oswald Smith

Depois de haver falado a um numeroso grupo de pastores em Sidney, na Austrália, sobre o evangelismo, notei um ministro cujo rosto estampava tristeza. Ele se aproximou lentamente de mim. Esperei que ele se manifestasse. Ele ficou de pé um momento, diante de mim, antes de abrir a boca, e depois me perguntou o seguinte:
- Dr. Smith, será que entendi mesmo o que o senhor disse?
- Por quê? – retruquei – Qual é a sua dúvida?
- O senhor disse de fato, - frisou ele – que é possível a gente fazer o que o senhor acabou de falar?
- Sim, mas não entendo qual é a sua dúvida, - insisti.
- O senhor acha, continuou ele, que é possível a um ministro presbiteriano fazer um apelo para que os perdidos aceitem a Cristo? (Ele salientou a palavra “presbiteriano”).
- Bem – respondi – eu sou um ministro presbiteriano, e durante todos os dias de meu ministério tenho feito apelos, e tenho visto homens e mulheres, às centenas, virem à frente, defronte o púlpito, a fim de aceitar a Jesus Cristo como seu Salvador – concluí.
- Mas o senhor sabe, - insistiu ele – que isso não se faz na igreja presbiteriana. Não agimos assim em nossa denominação.
- Sei disso – prossegui. – Mas não veja razão por que um ministro presbiteriano não possa fazer um apelo desses.
Com expressão de tristeza no rosto ele se virou e foi-se embora. Em poucos minutos, já me havia esquecido inteiramente do incidente. Na segunda-feira seguinte, à noite, quando eu dirigia uma de minhas reuniões costumeiras no Auditório do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana, estava prestes a subir os degraus até o púlpito quando percebi um movimento estranho à porta. Parei, curioso. Eu queria saber o que estava acontecendo. Para minha grande admiração, vi o rosto de meu amigo, o ministro presbiteriano que me interpelara, esforçando-se para entrar, varando o povo amontoado à entrada do edifício. Fiquei esperando. Ele conseguiu passar e vinha rápido na minha direção. Notei que trazia uma jovem pelo braço esquerdo e outra pelo direito, arrastando-as.
Quando, por fim, chegou a distância suficiente para que eu o visse melhor, notei que seu rosto brilhava de alegria.
- Funciona, funciona! – berrou ele.
No momento não atinei o sentido de suas palavras.
- Que é que funciona? – perguntei, quando chegou à minha frente.
- Ora, o que o Senhor disse no sábado! – exclamou ele.
E prosseguiu: - No domingo, pela primeira vez em minha vida, fiz um apelo, e veja o que consegui. E assim dizendo impeliu as duas jovens para diante de mim.
Interroguei-as e vi que ambas se haviam realmente convertido ao Senhor. E lembrei-me do incidente do sábado, até que raiou em minha mente que algo diferente havia acontecido.
Ele fizera o apelo no dia anterior, mas com medo. Duas mãos se levantaram. Ele ficou sem saber o que fazer, mas pediu às duas jovens que se levantassem. Inseguro sobre o passo seguinte, ele se lembrou de que eu convidara as pessoas que desejassem ser salvas que viessem falar comigo sobre a salvação. Foi o que ele fez. As jovens atenderam sem hesitação. Não contando com obreiros que o auxiliassem, ele mesmo conversou com as jovens e, ao fazê-lo, foram salvas. Que transformação! Aquele ministro presbiteriano voltou ao seu trabalho para fazer justamente o trabalho que havia negligenciado durante todo o seu ministério. Daí por diante passou a oferecer à sua congregação a oportunidade de aceitar a Jesus Cristo como Salvador, depois de pregar, ao invés de apenas pronunciar a bênção apostólica e ir embora para casa. Seu ministério inteiro se revolucionou. Começou a experimentar um pouco do júbilo que acompanhava o evangelismo, e assim aprendeu, por experiência própria, que até mesmo um ministro presbiteriano pode fazer apelos para que os pecadores aceitem a Cristo como Salvador.
A minha sugestão a você, meu amigo, é esta: “Vai, e faze da mesma maneira” (Lucas 10:37).

sábado, 18 de febrero de 2012

AS DUAS LARANJAS

Una historia de F. B. Meyer

“… A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5.16)

Ao cruzar o Atlântico num navio, há muitos anos, o ensinador da Bíblia e escritor F. B. Meyer foi convidado para falar aos passageiros.

Um agnóstico escutou a mensagem de Meyer sobre a oração respondida e disse a um amigo, “Não acreditei numa só palavra daquilo”.

Mais tarde, no mesmo dia, o agnóstico foi ouvir Meyer falar a um outro grupo de passageiros. Mas antes de ir para o encontro, pôs duas laranjas no bolso. A caminho, passou por uma senhora de idade que dormitava num cadeirão de convés. Os braços dela estavam estendidos e as mãos abertas, de modo que, em tom de gozo, ele colocou as duas laranjas nas palmas das mãos dela.

Após a reunião, ele viu a senhora estar a comer, com um ar feliz, uma das peças de fruta.

“Parece estar a saborear essa laranja”, assinalou ele com um sorriso.

“É verdade, cavalheiro”, respondeu ela, “O meu Pai é muito bom para mim.”

“O que é que quer dizer?”, insistiu o agnóstico.

Ela explicou, “Há dias que ando enjoada. Pedi a Deus que, de alguma forma, me enviasse uma laranja. Adormeci enquanto orava. E quando acordei, descobri que Ele me tinha enviado não apenas uma, mas duas laranjas!”

O agnóstico ficou admirado com a confirmação inesperada do discurso de Meyer sobre a oração respondida. Posteriormente, ele colocou a sua confiança em Cristo.

Sim, Deus responde à oração!

F. B. Meyer foi um pastor, pregador, autor de numerosos livros, mestre notável das Escrituras. Um dom dado à igreja de Cristo.

Frederic Brotherton Meyer foi um dos pregadores mais amados do seu tempo, e por mais de 20 anos expositor da Conferência de Keswick. Spurgeon dizia dele: "Meyer prega como um homem que viu Deus face a face".

F. B. Meyer nasceu em Londres em Abril de 1847, no seio de uma família cristã de origem alemã abastada e devota e passou para a presença do Senhor em 28 de Março de 1929.