miércoles, 13 de abril de 2011

OS SANTOS DEVEM ANDAR A SÓS



POR AW TOZER

A maioria das grandes almas deste mundo foram almas solitárias. A solidão parece ser o preço que o santo deve pagar pela sua santidade.
Na manhã do mundo (ou talvez devêssemos dizer, naquela estranha escuridão que surgiu logo após a alvorada da criação do homem), aquela alma piedosa, Enoque, andou com Deus e já não era, porque Deus a tomou; e embora não seja dito exatamente nessas palavras, pode-se muito bem inferir que Enoque seguiu por um caminho bem diferente daquele de seus contemporâneos.
Abraão tinha Sara e Ló, assim como muitos servos e pastores, mas quem pode ler a sua história e o comentário apostólico sobre ela sem sentir imediatamente ser ele um homem "cuja alma se assemelhava a uma estrela e habitava na solidão"? Ao que sabemos, Deus jamais se dirigiu a ele quando acompanhado por outras pessoas. Abraão se comunicava diante do seu Deus, e a dignidade inata do homem proibia que assumisse esta postura na presença de outros.
Como foi doce e solene a cena naquela noite do sacrifício quando ele viu o fogo movendo-se entre os pedaços da oferta. Ali, sozinho com o horror da grande escuridão à sua volta, ele ouviu a voz de Deus e soube que tinha sido marcado com o favor divino.
Moisés foi também um homem separado. Embora ainda tivesse ligação com a corte do Faraó, ele fazia grandes caminhadas sozinho. Durante um desses passeios, enquanto estava ainda longe da multidão, ele viu um egípcio e um hebreu brigando e foi em auxílio de seu conterrâneo. Depois do rompimento com o Egito, que resultou desse ato, ele habitou em quase completa reclusão no deserto. Ali, enquanto vigiava sozinho seu rebanho, o prodígio da sarça ardente surgiu diante dele e mais tarde, no alto do Sinai, ficou abaixado, sozinho, para contemplar em fascinado terror a Presença, parcial¬mente oculta, parcialmente revelada, dentro da nuvem e do fogo.
Os profetas das eras pré-cristãs eram muito diferentes uns dos outros, mas uma coisa que tiveram em comum foi a sua solidão forçada. Eles amavam seu povo e se gloriavam na religião dos pais mas sua lealdade ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e seu zelo pelo bem-estar da nação de Israel os afastou da multidão, lançando-os em longos períodos de isolamento. "Tornei-me estranho a meus irmãos, e desconhecido aos filhos de minha mãe" (Sl 69:8), clamou um deles e sem saber falou por todos os demais.
A visão mais reveladora foi a dAquele de quem Moisés e todos os profetas escreveram, seguindo solitário para a cruz. Sua profunda solidão não foi mitigada pela presença das multidões.
É meia-noite e no alto do monte das Oliveiras As estrelas que brilhavam esmaeceram; É meia-noite agora no jardim, O Salvador que sofre ora sozinho.
É meia-noite e afastado de todos, O Salvador luta só com seus temores; Nem mesmo o discípulo a quem amava, Observa o sofrimento e as lágrimas do Mestre.
William B. Tappan
Ele morreu só na escuridão, oculto aos olhos do homem mortal e ninguém observou quando ressurgiu triunfante, deixando a sepultura, embora muitos o vissem mais tarde e testemunhassem quanto ao que viram. Existem coisas sagradas demais para qualquer olho observar além do de Deus. A curiosidade, o clamor, o esforço bem-intencionado mas sem jeito, podem prejudicar cm vez de ajudar a alma que espera e tornar improvável senão impossível a comunicação da mensagem secreta de Deus ao coração do adorador.
Algumas vezes reagimos com uma espécie de reflexo religioso e repetimos obrigatoriamente palavras e frases adequadas, embora elas não expressem nossos sentimentos reais e lhes falte a autenticidade da experiência pessoal. Isso está acontecendo agora. Uma certa lealdade convencional pode fazer alguém que ouça esta verdade pouco familiar expressa pela primeira vez dizer com animação: "Oh, nunca me sinto sozinho. Cristo afirmou 'Não te deixarei nem te desampararei', e 'Estarei contigo para sempre'. Como posso sentir-me solitário quando Jesus está comigo?"
Não quero julgar a sinceridade de qualquer alma cristã, mas este testemunho é demasiado típico para ser real. Trata-se evidentemente do que o indivíduo pensa que deveria ser verdadeiro em lugar do que provou ser verdade mediante o teste da experiência. Esta alegre negativa da solidão prova apenas que a pessoa jamais andou com Deus sem o apoio e ânimo supridos pela sociedade. A sensação de companheirismo que ele erradamente atribui à presença de Cristo pode ter origem, e provavelmente tem, na presença de amigos. Lembre-se sempre: você não pode levar a cruz acompanhado. Embora o homem possa estar cercado por uma imensa multidão, a sua cruz lhe pertence e o fato de carregá-la faz dele um ente à parte. A sociedade se voltou contra ele, caso contrário não teria uma cruz. Ninguém mostra amizade pelo homem com uma cruz. "Todos deixando-o. fugiram."
A dor da solidão está ligada à constituição de nossa natureza. Deus nos fez uns para os outros. O desejo de companhia é completamente natural e certo. A solidão do crente nasce do seu andar com Deus num mundo ímpio, um caminhar que freqüentemente o afasta da companhia de bons cristãos assim como do mundo não-regenerado. O instinto que lhe foi concedido por Deus clama por manter amizade com outros que se identifiquem com ele, outros que possam compreender seus anseios, suas aspirações, sua absorção no amor de Cristo; e pelo fato de no seu círculo de amigos serem tão poucos os que partilham de suas experiências íntimas, ele é forçado a andar sozinho. O anseio insatisfatório dos profetas pela compreensão humana levou-os a queixar-se em voz alta e chorar, e até o Senhor também sofreu assim.
O homem que entrou na presença divina numa experiência interior real não encontrará muitos que o compreendam. Uma certa fraternidade social lhe será naturalmente oferecida enquanto se mistura com pessoas religiosas nas atividades regulares da igreja, mas verdadeiro companheirismo espiritual vai ser difícil de achar, embora não deva esperar outra coisa. Afinal de contas, ele é um peregrino e a jornada empreendida não é feita com os pés, mas com o coração. Ele anda com Deus no jardim de sua própria alma — e quem senão Deus pode andar ali com ele? O seu espírito difere do das multidões que caminham pelos pátios da casa do Senhor. Ele viu aquilo que elas só tiveram oportunidade de ouvir, e anda em seu meio como Zacarias andou depois de sua volta do altar quando o povo sussurrou: "Teve uma visão".
O indivíduo verdadeiramente espiritual é de fato extravagante. Não vive para si mesmo mas para promover os interesses de Outro. Ele procura persuadir as pessoas a darem tudo de si ao Senhor e não pede qualquer porção para si mesmo. Compraz-se em ver seu Salvador glorificado aos olhos dos homens, e não em receber honras pessoais. Sua alegria é ver seu Senhor promovido e ele próprio negligenciado. São poucos os que desejam trocar idéias com ele sobre o objeto supremo do seu interesse, e fica então no geral silencioso e preocupado em meio às conversas religiosas barulhentas e triviais. Ganha assim a reputação de ser aborrecido e sério em excesso, sendo evitado e alargando cada vez mais o abismo entre ele e a sociedade. Busca amigos em cujas vestes pode sentir o aroma da mirra e do aloés saídos de palácios de marfim, mas encontrando poucos ou nenhum, como Maria fez antigamente, guarda essas coisas em seu coração.
Justamente essa solidão o faz lançar-se de volta a Deus. "Quando meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me tomará para si." Sua incapacidade de encontrar companhia humana o leva a buscar em Deus o que não descobre em lugar algum. Aprende em solidão interior o que jamais poderia ter aprendido junto à multidão — que Cristo é Tudo em Todos, que Ele foi feito para nós sabedoria, retidão, santificação e redenção, que nEle temos e possuímos o summum bonum da vida.
Duas coisas precisam ainda ser ditas. A primeira é que o homem solitário que mencionamos não e arrogante, nem é o tipo "mais santo do que tu" amargamente satirizado na literatura popular. Com toda probabilidade sente-se o mais insignificante de todos os homens e culpa-se a si mesmo de sua solidão. Quer partilhar seus sentimentos com outros e abrir o coração a alguém cuja alma se identifique com a sua, mas o clima espiritual que o rodeia não o anima e permanece então em silêncio, contando suas mágoas somente a Deus.
A segunda coisa é que o santo solitário não é o homem arredio que endurece o coração contra o sofrimento humano e passa os dias contemplando os céus. O oposto é verdade. Sua solidão o faz acolher com simpatia os que têm o coração partido, os que caíram pelo caminho e os que foram manchados pelo pecado. Por achar-se desligado do mundo, tem muito maior capacidade para ajudá-lo. Meister Eckhart ensinou seus seguidores que se estivessem orando como para serem transportados para o terceiro céu e acontecesse lembrarem de uma pobre viúva que precisava de alimento, deviam interromper imediatamente a oração e ir cuidar da viúva. "O Senhor não permitirá que percam nada com isso", disse-lhes. "Podem retomar a oração no ponto em que a deixaram e o Senhor irá aceitá-la da mesma forma". Isto é típico dos grandes místicos e mestres da vida interior, desde Paulo até hoje.
A fraqueza de tantos cristãos modernos é que eles se sentem à vontade no mundo. Km seu esforço para conseguir um "ajuste" agradável à sociedade não-regenerada, eles perderam seu caráter de peregrinos e se tornaram uma parte da própria ordem moral contra a qual foram enviados para protestar. O mundo os reconhece e os aceita pelo que são. E esta é justamente a coisa mais triste que pode ser dita a seu respeito. Não são solitários, mas também não são santos.

martes, 1 de febrero de 2011

AJUDA DO SANTUÁRIO



Em toda denominação, sociedade missionária, igreja ou cristão individual, vemos esta lei em operação: DEUS opera quando SEUS filhos vivem ousadamente, ELE se interrompe quando não há mais necessidade de SUA ajuda.
No momento em que buscamos a proteção fora de DEUS, nós a encontramos em prejuízo próprio.
O PODER de DEUS só vem atendendo ao apelo do arrependimento, da auto-entrega, da rendição, da fé. O PODER DE DEUS só é liberado quando nós estivermos fazendo algo que necessite do mesmo.
Onde a fé destemida está lutando para avançar contra toda e qualquer oposição, DEUS invariavelmente se encontra junto à ela, enviando “ajuda do santuário”.

A. W. Tozer no livro “O MELHOR DE A. W. TOZER”, Ed Mundo Cristão

viernes, 8 de octubre de 2010

UMA VISÃO DE WILLIAM BOOTH


“Vé tu” (Jesús)
UMA VISÃO DE WILLIAM BOOTH


(Cristo lhe perguntava:) “Talvez não podes escutar a esses pobres meninos, condenados não por Deus, senão pelo homem egoísta e desconsiderado? Não podes escutá-los chorar enquanto seus pés os levam para o caminho da perdição? “Talvez não podes escutar as correntes dos escravos, os gemidos dos feridos e mortos no campo de batalha? Não escutas o clamor agoniado dos pobres em seus trabalhos forçados? “Não escutas os gritos desesperados de homens e mulheres, morrendo por seus pecados? Não escutas?” E conforme falava, era evidente a grande dor em seu coração.
“Não ouves o choro e crujir de dentes de homens e mulheres que desceram ao inferno, porque a nenhum homem lhe importaram suas almas?” Ao escutar a palavra “inferno”, senti que a angústia me penetrava e clamei com amargura: “¡Algo tem que se fazer! ¡Alguém tem que ir! ¡Homens e mulheres não podem ser abandonados para que pereçam, sem que uma mão se estreite para liberá-los!
Quem...quem...quem irá?
"Nesse momento, [Jesús] se pôs de pé, e cruzou até onde eu estava e me olhou fixamente. E depois, com voz mais forte que antes, falou uma vez mais. Disse só duas palavras, mas penetraram até o mais profundo de minha alma: “Vé tu”.

sábado, 2 de octubre de 2010

A VIDEIRA

por Andrew Murray

"Eu sou a videira verdadeira” (João 15:1).

Todas coisas terrestres são sombras das realidades celestiais - a expressão, em formas criadas e visíveis, da glória invisível de Deus. A Vida e a Verdade estão no Céu; na terra temos figuras e sombras das verdades celestiais. Quando Jesus disse: "Eu sou a videira verdadeira”, Ele nos ensina que todas as videiras da terra são figuras e emblemas dEle. Ele é a realidade divina, da qual elas são expressões criadas. Todas elas apontam para Ele, pregam-NO, revelam-NO. Se você quiser conhecer Jesus, estude a videira. Quantos olhos têm observado e admirado uma grande videira com seu belo fruto! Venha e observe na Videira celestial até que seus olhos se voltem de tudo mais para admirá-LO. Quantos, em um clima ensolarado, sentam e descansam sob a sombra de uma videira. Venha e permaneça sob a sombra da Videira verdadeira, e descanse nela do calor do dia. Que regozijo incalculável no fruto da videira! Venha, e tome, e coma do fruto celestial da Videira verdadeira, e deixe sua alma dizer: "Sentei-me sob Sua sombra com grande deleite, e Seu fruto era doce ao meu paladar.

martes, 21 de septiembre de 2010

Clamor a um Avivamento genuíno e pessoal


Por Richard Baxter

Eu não sei o que os outros pensam, mas da minha parte, me envergonho de minha ignorância, e me admiro de mim mesmo, porque não tenho tratado as almas dos outros e da minha como almas que esperam o grande dia do Senhor; e porque tenho espaço para quase qualquer outros pensamentos e palavras; e porque tais assuntos assombrosos não tomam completamente minha mente.

Admiro-me de como posso pregar sobre isto desapaixonadamente e descuidadamente; e como posso deixar os homens sozinhos em seus pecados; e como não vou atrás deles, rogando-lhes, pelo amor do Senhor, que se arrependam, não importa a forma que recebam a mensagem, e qual seja a pena e dor que custem a mim.Muito poucas vezes saio do púlpito sem que minha consciência me golpeie por não ter sido mais fervoroso e sério. Ela não me acusa tanto pela falta de ornamentos e elegância, nem por deixar passar uma palavra errada; mas me pergunta “Como você pode falar de vida e da morte com um coração assim? Como pode pregar sobre o céu e o inferno de uma forma tão relaxada e descuidada? Crê no que disse? Leva a sério ou embroma? Como pode dizer às pessoas que o pecado é algo assim, e que tanta miséria está sobre elas e diante delas, e não ser mais afetado com isto? Você não deveria chorar sobre pessoas assim, e não deveriam tuas lágrimas interromper suas palavras? Você não deveria clamar em alta voz, e mostrar a eles suas transgressões, e implorar a eles e rogá-los como uma questão de vida e morte?

E, por mim mesmo, como estou envergonhado do meu coração descuidado e torpe, e do meu modo de vida inútil e lento, assim como, o Senhor sabe, estou envergonhado de cada sermão que tenho pregado; quando penso sobre o que estou falando, e quem me enviou, e que a condenação e salvação dos homens é completamente relacionada nEle, estou preste a tremer por temor de que Deus me julgará como um mau administrador de Suas verdades e das almas dos homens, e imagino que no meu melhor sermão eu seja culpado pelo sangue deles.

Penso que não devemos falar qualquer palavra aos homens, em assuntos de tamanhas conseqüências, sem lágrimas ou com a maior seriedade que possamos alcançar; já que somos tão culpados do pecado que reprovamos, deveria ser dessa forma.Verdadeiramente, este é o tinir da consciência que soa em meus ouvidos, e apesar disso, minha alma sonolenta não quer ser despertada. Oh! Que coisa é um coração endurecido e insensível. Oh, Senhor, salva-nos da praga da infidelidade e da dureza de coração de nós mesmos! Como poderíamos ser instrumentos aptos para salvar os outros do erro? Oh, faz em nossas almas aquilo que Tu nos usaria para fazer nas almas dos outros.

lunes, 6 de septiembre de 2010

ESPERA NO SENHOR


POR CHARLES SPURGEON

Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR. Salmo 27:14 (ACF)


“Aguarda a Jehová; esfuérzate, y aliéntese tu corazón; sí, espera a Jehová.” Salmo 27: 14. (Salmo 27:14 pela versão espanhola Reina-Valera , usada no original em espanhol desta nota)
Espera, Espera, Espera ao Senhor! Ele é digno de que se lhe espere. Ele não defrauda a alma que espera.
Enquanto esperem, mantenham o ânimo. Esperem uma grande libertação, e estejam prontos à louvar a Deus por ela.
A promessa que deveria animar-lhes está no meio do versículo " anime-se seu coração". Isto vai imediatamente ao ponto onde necessitam de ajuda. Se o coração está sadio, todo o resto do sistema trabalhará bem. O coração precisa de tranquilidade e alento; e esses elementos virão, se você está fortalecido. Um coração potente descansa, regozija-se, e bombeia força ao homem inteiro.
Ninguém mais tem acesso a essa urna secreta de vida, o coração, para ministra-lhe fortaleza. Somente Aquele que o fez pode fortalecer-lhe. Deus está cheio de fortaleza, e , por isso, pode transmitir-la para aqueles que necessitam dela. Oh, tenham valor; pois o Senhor lhes dará Sua força, e estarão tranquilos na tempestade, e alegres na aflição.
O que escreveu essas linhas pode expressar como Davi "Sim, espera por Jeová": efetivamente e certamente o digo. Sei por larga e profunda experiência que é bom que espere a Deus.

sábado, 31 de julio de 2010

POR ONDE QUER QUE JESUS NOS GUIE



POR CHARLES SPURGEON

- E elas me seguem.- (Jo 10.27) -

Devemos seguir nosso Senhor com tanta confiança quanto as ovelhas seguem o seu pastor, pois Ele tem o direito de nos guiar por onde quer que deseje. Não pertencemos a nós mesmos, fomos comprados por preço (ver 1 Coríntios 6.20). Reconheçamos os direitos do sangue redentor. Os soldados seguem seu capitão, e os servos obedecem seus senhores. Temos de seguir nosso Redentor, que nos comprou como sua própria possessão.

Não somos verdadeiros à nossa confissão de ser crentes, se questionarmos os mandamentos de nosso Senhor. A submissão é o nosso dever; as murmurações são a nossa vergonha. Nosso Senhor diz a nós o que disse a Pedro: "Que te importa? Quanto a ti, segue-me" (João 21.22).

Por onde quer que Jesus nos guie, Ele sempre vai à nossa frente. Tendo um companheiro tão poderoso como o Senhor Jesus, quem se atemorizará dos perigos do caminho? A viagem pode ser longa, mas os braços eternos de Jesus nos carregarão até ao final. A presença de Jesus é a segurança da salvação eterna. Porque Ele vive, nós também viveremos.

Devemos seguir a Cristo em simplicidade e fé, porque as veredas pelas quais Ele nos conduz terminarão na glória e na imortalidade. Talvez não sejam veredas suaves, mas nos levam à "cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador" (Hebreus 11.10). "Todas as veredas do SENHOR são misericórdia e verdade para os que guardam a sua aliança e os seus testemunhos" (Salmos 25.10). Devemos colocar toda a nossa confiança em nosso Guia. Sabemos que, vindo a prosperidade ou a adversidade, a doença ou a saúde, a popularidade ou a zombaria, o propósito santo e perfeito dEle se cumprirá.

O seu amor nos fará mais felizes do que aqueles que se assentam tranqüilamente em seus lares e aquecem suas mãos no fogo do mundo. Até ao topo das montanhas ou às covas dos leões, seguiremos nosso Amado.

viernes, 30 de julio de 2010

ESCOLHIDO PARA VENCER


Por Smith Wigglesworth
DEUS quer, pelo poder do Espírito, revelar-nos a nossa posição em Cristo. Nós vemos JESUS pronunciando bênçãos que aconteceram. A maior parte do SEU ministério foi sobre o tipo de coisa em que o cristão devia entrar.
Vejamos o que DEUS tinha em mente para realizar, por intermédio do SEU FILHO, por nós. ELE quer que nós estejamos atualizados em tudo, e o ESPÍRITO DO SENHOR será capaz de trazer diante de nossa mente, hoje, o que está na mente do ESPÍRITO, no que concerne a nós, para que tomemos posse de todos Oe privilégios.
DEUS quer um povo forte. Lembre-se da responsabilidade que DEUS deu à Josué (veja Josué 1). ELE disse: “Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes”, e então, deu-lhe a incumbência. Se DEUS anunciar algo a você, ELE dará o poder para levar adiante seu intento. Assim, depois que ELE deu a palavra a Josué, ELE disse, com efeito: “Agora depende do teu viver, dia e noite meditando na Palavra”. Quando você atinge este estado bendito de reverência santa para com a Palavra de DEUS, ela também o edificará e o fará forte.
“Então, tu será bem sucedido”, disse ELE a Josué. Nesse estado de graça, onde quer que Josué colocasse o pé, não ia voltar atrás, mas colocava o outro pé, pronto para seguir a diante.
Smith Wigglesworth, em "CRÊ SOMENTE!", Graça Editorial

lunes, 12 de julio de 2010

QUER SABER?



Tá demorando ser atendido por DEUS?
Continue pedindo!
Está achando que não vai receber?
Continue insistindo!
Parece insensatez continuar sonhando?
Não tire conclusões...continue batendo na porta de DEUS!
Se o sonho permanece no teu coração, não pare de supliar, peça á DEUS até ELE te atender ou ser bem claro na negativa.
Sabe porque você tem que agir assim?
PORQUE JESUS MANDOU! SÓ POR ISSO!
PRECISA DE RAZÃO MAIOR?

martes, 23 de febrero de 2010

MARTÍN LUTERO E A LISTA DO DIABO


Se conta a história de que uma noite Satanás se acercou a Martín Lutero e lhe ensinou uma lista longa de todos seus pecados: a avaricia, o orgulho, a luxúria, e muitos mais.Mas Martín Lutero lhe disse: -Satanás . . .ficaste curto. Também deves apontar este pecado e estes mais,- e lhe foi dando a Satanás uns pecados mais para agregar à lista. Finalmente, disse-lhe: -agora põe uma coisa mais ao pé de tua lista: -O sangue de Jesucristo nos limpa de tudo pecado . . . I Jo 1:7
E Satanás fugiu.

Tomado de D. Edwards, Revolution Within (Waterbrook: Colorado Springs, CO EU 2001), págs. 63-64 (trad. Jim Adams)

viernes, 19 de febrero de 2010

ESFORÇA-TE PREPARA-TE PARA MAIOR SERVIÇO


Por Orlando Boyer

Há uma idéia de que a arte de ganhar almas é de Deus e que, portanto, não é necessário estudar o assunto. Porém, apesar de pertencer ao Senhor, Ele manda: “Esforça-te para te apresentar diante de Deus aprovado como obreiro que não tem de que se envergonhar, e que maneja bem a palavra da verdade”. (2 Timóteo 2.15).
O barbeiro sabe cortar o cabelo. O músico sabe tocar seu instrumento. Todo artista sabe exercer a sua profissão. Mas quantos crentes sabem executar seu oficio, que é o mais glorioso de todos, o de ganhar almas para Cristo?
A moça que anda na moda tem um espelho para se apresentar diante do próximo. Muitas vezes o crente procura ganhar almas para se apresentar diante dos homens. Mas o alvo, será de nos apresentarmos diante de Deus.
É com o pincel que o pintor tem destreza. É com o fuzil que o soldado é perito. Mas é a Palavra de Deus que o crente deve manejar bem. Com este alvo é necessário estudar, gravar no coração e orar, para adquirir habilidade em usar as passagens indicadas nestes capítulos.
Quantas vezes ficamos impressionados com o fato de certos homens terem de se envergonhar, quando chegarem perante o Salvador? Ninguém se envergonhará mais do que nós, se não nos esforçarmos por nos apresentar diante de Deus, como obreiros que sabem manejar bem a Palavra.

Tomado del livro “Heróis da Fé” de Orlando Boyer

jueves, 18 de febrero de 2010

ORAÇAO


POR CHARLES WESLEY

Ó Deus, meu Deus, tu és meu tudo:
antes que brilhe a alva do dia que
desperta, tua soberana luz ilumine
meu coração e me inunde o teu poder
que a tudo vivifica.

Por ti suspira e clama minha alma
sedenta, porquanto deva morar nesta
terra deserta; e faminto como estou,
desfalecente, só teu amor alento pode
me dar.

E uma terra seca, contempla-me,
Senhor; todo meu anelo, todo meu
desejo, deposito em ti; e mais me
regozijo em obter a tua graça, que
nos tesouros que a terra me pode dar.

Mais preciosa é a vida, e teu amor há
de ocupar em todo tempo meu
coração, meus lábios; e em
proclamar teu louvor hei de
empenhar minha paz, minha glória e
minha alegria.

miércoles, 17 de febrero de 2010

¿DISSESTE QUE NÃO FOSTE CHAMADO?


POR WILLIAM BOOTH, FUNDADOR DO EXERCITO DE SALVAÇÃO

Mais bem é do que não escutaste o chamado. Põe teu ouvido atencioso à Bíblia e escuta a Deus dizendo-te que saques aos pecadores do fogo do pecado. Põe teu ouvido atencioso ao coração abrumado e agonizante da humanidade e escuta sua lastimera petição de ajuda. Vê e pára-te muito próximo do inferno e escuta aos condenados que te pedem ir à casa de seus pais para advertir a seus irmãos e irmãs, a seus servos e amoos, para que não vingam a esse lugar. E já que o faças, mira a Cristo cara a cara, a quem Sua misericórdia professaste obedecer, e dile se unirás coração, alma, corpo e circunstâncias na marcha para publicar Sua misericórdia ao mundo.”
“A maioria das organizações cristãs desejam que seus candidatos estudem num seminário durante quatro ou cinco anos. Eu preferiria que pudessem baixar ao inferno só cinco minutos; tal experiência seria a melhor qualificação para uma vida de ministério compassivo.”“Sacar a um homem de seu bairro, sanar seu corpo, presentear-lhe roupa decente, prover-lhe com uma casa própria no campo, e deixar-lhe morrer e ir ao inferno... verdadeiramente, não vale a pena.”
“Teus dias aqui, sobre a Terra, não são muitos, assim que os usa da melhor maneira possível, para a glória de Deus e o benefício de tua geração.”
“Vê por almas... e vê pelas piores.”

martes, 16 de febrero de 2010

JOHN WESLEY O FUNDADOR DO METODISMO



Samuel Wesley não era uma pessoa querida pelos seus paroquianos e, por isso tanto, ele como a família, sofreram alguns ataques violentos. Na noite de 9 de Fevereiro de 1709, deitaram fogo à reitoria. Uma das mais conhecidas histórias sobre John Wesley refere-se ao seu salvamento, quando tinha cinco anos de idade, por um homem firmado nos ombros de outro, pouco antes de o teto ruir. O grito de Susanna "não é este um tição retirado do fogo?" tornou-se uma profecia. O próprio John foi, mais tarde, influenciado pela convicção da mãe de que Deus tinha uma missão especial para ele.
John Wesley viveu na Inglaterra do Século XVII, quando o cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralizante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. John Wesley pertencia a uma família pastoral, que vivia em Epworth, numa região afastada de Londres. Em seu lar absorveu a seiva de um cristianismo genuíno.
Ao entrar para a universidade, Wesley não se deixou influenciar pelo ceticismo cínico e nem pela libertinagem. Como reação a isso formou. junto com outros poucos jovens, o chamado "CLUBE SANTO". Os adeptos dessa sociedade tinham a obrigação de dar um testemunho fiel da sua fé cristã, conforme as regras da Igreja Anglicana. Eram rígidos e regulares em suas expressões religiosas, no exercício de ordem espiritual e no auxílio aos pobres, aos doentes e aos presos. Por causa dessa regularidade, os demais companheiros da universidade zombavam e ridicularizavam os membros do "CLUBE SANTO" dando-lhes o apelido de "METODISTAS".
Embora cumprisse fielmente a disciplina do "clube", John Wesley não se sentia satisfeito. Durante anos lutou com esse sentimento de insatisfação até que em 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:
"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma meneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".
Para John Wesley, clérico da Igreja Anglicana, esse novo sentir não era como a conversão de um infiel a Cristo. Era um aprofundar na compreensão do que significa ser cristão. O movimento metodista, por muitas décadas não se organizou em igreja. Na Inglaterra o movimento organizou-se em igreja somente pouco depois da morte de John Wesley em 22 de março de 1791. Sendo assim, o fundador do movimento metodista morreu Anglicano, sem nunca ter pertencido à Igreja Metodista.

sábado, 13 de febrero de 2010

O GRANDE DEUS ENTRETENIMENTO



Por A. W. Tozer

Há muitos anos um filósofo alemão disse alguma coisa no sentido de que, quanto mais um homem tem no coração, menos precisará de fora; a excessiva necessidade de apoio externo é prova de falência do homem interior.
Se isto é verdade (e eu creio que é), então o desordenado apego atual a toda forma de entretenimento é prova de que a vida interior do homem moderno está em sério declínio. O homem comum não tem nenhum núcleo central de segurança moral, nenhum manancial no seu peito, nenhuma força interior para colocá-lo acima da necessidade de repetidas injeções psicológicas para dar-lhe coragem para continuar vivendo. Tornou-se um parasita no mundo, extraindo vida do seu ambiente, incapaz de viver um só dia sem o estímulo que a sociedade lhe fornece.
Schleiermacher afirmava que o sentimento de dependência está na raiz de todo culto religioso, e que por mais alto que a vida espiritual possa subir, sempre tem que começar com um profundo senso de uma grande necessidade que somente Deus poderia satisfazer. Se esse senso de necessidade e um sentimento de dependência estão na raiz da religião natural, não é difícil ver porque o grande deus entretenimento é tão cultuado por tanta gente. Pois há milhões que não podem viver sem diversão. A vida para eles é simplesmente intolerável. Buscam ansiosos o alívio dado por entretenimentos profissionais e outras formas de narcóticos psicológicos como um viciado em drogas busca a sua injeção diária de heroína. Sem essas coisas eles não poderiam reunir coragem para encarar a existência.
Ninguém que seja dotado de sentimentos humanos normais fará objeção aos prazeres simples da vida, nem às formas inofensivas de entretenimentos que podem ajudar a relaxar os nervos e revigorar a mente exausta de fadiga. Essas coisas, se usadas com discrição, podem ser uma benção ao longo do caminho. Isso é uma coisa. A exagerada dedicação ao entretenimento como atividade da maior importância para a qual e pela qual os homens vivem, é definitivamente outra coisa, muito diferente.
O abuso numa coisa inofensiva é a essência do pecado. O incremento do aspecto das diversões da vida humana em tão fantásticas proporções é um mau presságio, uma ameaça às almas dos homens modernos. Estruturou-se, chegando a construir um empreendimento comercial multimilionário com maior poder sobre as mentes humanas e sobre o caráter humano do que qualquer outra influência educacional na terra. E o que é ominoso é que o seu poder é quase exclusivamente mau, deteriorando a vida interior, expelindo os pensamentos de alcance eterno que encheriam a alma dos homens, se tão-somente fossem dignos de abrigá-los. E a coisa toda desenvolveu-se dando numa verdadeira religião que retém os seus devotos com estranho fascínio, e, incidentalmente, uma religião contra a qual agora é perigoso falar.
Por séculos a igreja se manteve solidária contra toda forma de entretenimento mundano, reconhecendo-o pelo que era – um meio para desperdiçar o tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência, um esquema para desviar a atenção da responsabilidade moral. Por isso ela própria sofreu rotundos abusos dos filhos deste mundo. Mas ultimamente ela se cansou dos abusos e parou de lutar. Parece Ter decidido que, se ela não consegue vencer o grande deus entretenimento, pode muito bem juntar suas forças às dele e fazer o uso que puder dos poderes dele. Assim, hoje temos o espantoso espetáculo de milhões de dólares derramado sobre o trabalho profano de providenciar entretenimento terreno para os filhos do Céu, assim chamados. Em muitos lugares, o entretenimento religioso está eliminando rapidamente as coisas sérias de Deus. Muitas igrejas nestes dias têm-se transformado em pouco mais do que pobres teatros onde “produtores” de quinta classe mascateiam as suas mercadorias falsificadas com total aprovação de líderes evangélicos conservadores que podem até citar um texto sagrado em defesa de sua delinqüência. E raramente alguém ousa levantar a voz contra isso.
O grande deus entretenimento diverte os seus devotos principalmente lhes contando estórias. O gosto por estórias, característicos da meninice, depressa tomou conta das mentes dos santos retardados dos nossos dias, tanto que não poucas pessoas, pelejam para construir um confortável modo de vida contando lorotas, servido-as com vários disfarces ao povo da igreja. O que é natural e bonito numa criança pode ser chocante quando persiste no adulto, e mais chocante quando aparece no santuário e procura passar por religião verdadeira.
Não é uma coisa esquisita e um espanto que, com a sombra da destruição atômica pendendo sobre o mundo e com a vinda de Cristo estando próxima, os seguidores professos do Senhor se entreguem a divertimentos religiosos? Que numa hora em que há tão desesperada necessidade de santos amadurecidos, numerosos crentes voltem para a criancice espiritual e clamem por brinquedos religiosos?
“Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido; considera, e olha para o nosso opróbrio. … Caiu a coroa da nossa cabeça; ai de nós porque pecamos! Por isso caiu doente o nosso coração; por isso se escureceram os nossos olhos.” Amém. Amém.

(O Melhor de A. W. Tozer, Editora Mundo Cristão)

viernes, 12 de febrero de 2010

OS MORÁVIOS



Iniciado em Hernhut, Alemanha no século 18, o movimento de oração continua (24 horas) chamado Moravianos durou por quase 100 anos, e eles não oravam por aquilo que não estavam dispostos a ser a resposta.
Dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um Britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo.Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: ” Nenhum pregador e nenhum clérico chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua propria venda para custiar sua viagem.
No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas familias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram suas ultimas palavras que foram ouvidas: “QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTO”

jueves, 11 de febrero de 2010

OS PERIGOS DA SEGURANÇA CARNAL



John Bunyan

Na cidade de Alma do Homem, vivia um homem cujo nome era Segurança Carnal. Este homem, apesar de toda a misericórdia concedida pelo Príncipe, colocou Alma do Homem em terrível servidão.

Quando Diabo tomou posse da cidade de Alma do Homem, ele trouxe consigo um grande número de seus descendentes. Entre estes se achava o Sr. Presunção. Diabo, percebendo que Presunção era muito ativo e ousado, enviou-o em muitas missões perigosíssimas. Presunção se mostrou bem-sucedido em suas realizações e agradou o seu senhor, mais do que muitos que o serviam. Reconhecendo que Presunção era conveniente aos seus propósitos, Diabo o tornou o segundo no comando, sob as ordens do grande lorde Vontade-Própria.

Naqueles dias, o lorde Vontade-Própria agradou-se de Presunção e de suas realizações, de modo que lhe deu sua filha, Srta. Não-Teme-Nada, como esposa. Ora, Não-Teme-Nada e Presunção tiveram um filho que chamaram Segurança Carnal. Houve muitos casamentos mistos em Alma do Homem, e, em alguns casos, dificilmente se podia determinar quem era natural da cidade e quem não o era. Segurança Carnal era parente do lorde Vontade-Própria, por parte de mãe, embora seu pai fosse descendente do Diabo, por natureza.

Segurança Carnal nasceu com os traços de seu pai e sua mãe. Ele era presunçoso, destemido e bastante ativo. De um modo ou de outro, qualquer idéia nova, filosofia estranha ou entretenimento incomum na cidade era instigado por ele. Nas contendas, ele rejeitava os que eram considerados fracos e sempre ficava do lado da facção mais forte.

Quando Shadai e Emanuel guerrearam contra Alma do Homem, Segurança Carnal estava na cidade. Ele se mostrou bastante ativo entre as pessoas, encorajando-as em sua rebelião e endurecendo-as em sua resistência contra as forças do Rei. Quando a cidade de Alma do Homem foi conquistada pelo Príncipe glorioso, Segurança Carnal viu Diabo ser expulso e forçado a deixar o castelo, com grande vergonha. Segurança Carnal percebeu que a cidade estava cheia dos capitães e das armas de guerra de Emanuel. Por essa razão, mostrando-se esperto, ele mudou de atitude. E, da mesma maneira como havia servido o Diabo, Segurança Carnal se comprometeu a apoiar o Príncipe.

Depois de obter algumas informações sobre os planos de Emanuel, Segurança Carnal aventurou-se na companhia dos homens da cidade e tentou conversar com eles. Segurança Carnal sabia que o poder e a força de Alma do Homem era grande e que seria agradável aos moradores se elogiasse o poder e a glória deles. Por conseguinte, ele começou a falar exageradamente sobre o poder e o vigor dos lugares seguros e das fortalezas de Alma do Homem, dizendo que a cidade era impenetrável. Segurança Carnal exaltou os capitães e suas armas, assegurando aos moradores que o Príncipe tornaria Alma do Homem feliz para sempre. Quando Segurança Carnal viu que algumas pessoas se deleitaram e foram conquistadas por seu discurso, ele estabeleceu como seu objetivo o percorrer todas as ruas e casas, a fim de convencer os moradores de sua segurança. Em breve, eles se tornaram tão carnalmente seguros como o era Segurança Carnal. Assim, motivados pela conversa, os moradores começaram a festejar e a se divertir.

O prefeito, Sr. Entendimento, o lorde Vontade-Própria e o Sr. Conhecimento também foram conquistados pelas palavras deste homem gentil e bajulador. Eles esqueceram que o seu Príncipe os advertira a serem cuidadosos e não se deixarem enganar por qualquer artifício diabólico. O Príncipe lhes dissera que a segurança agora florescente na cidade não se devia às suas fortalezas, e sim ao seu desejo de que Emanuel habitasse no castelo da cidade. A verdadeira doutrina de Emanuel dizia que Alma do Homem deveria ter o cuidado de não esquecer o amor do Príncipe e o amor de seu Pai pelos moradores. Eles também deveriam se comportar de um modo que os preservaria no amor dEle.

Tornarem-se enfatuados por causa de um habitante que era descendente do Diabo, especialmente alguém como Segurança Carnal, constituía um erro gravíssimo para eles. Deviam ter escutado, temido e amado o seu Príncipe. Deviam ter apedrejado até à morte este criador de desordens carnal e andado nos caminhos do seu Príncipe. A paz deles teria sido como um rio, se a sua justiça tivesse sido como as ondas do mar.

De sua residência, no castelo, Emanuel observou o que se passava na cidade. Compreendeu que, por meio da astúcia do Sr. Segurança Carnal, o coração dos homens de Alma do Homem havia se tornado frio em seu amor para com Ele. Com grande tristeza, ele se dirigiu ao Secretário de seu Pai: “Oh! Se meu povo tivesse me escutado e Alma do Homem houvesse andado em meus caminhos! Eu os teria alimentado com o mais fino trigo e sustentado com o mel que brota da rocha.”

Então, ele disse em seu coração: “Retornarei à corte de meu Pai, até que o povo de Alma do Homem considere e reconheça a sua ofensa.”

O coração de Emanuel estava ferido, porque eles não o visitavam mais em seu palácio real, como o faziam antes. Na realidade, os moradores de Alma do Homem nem mesmo percebiam que ele não estava mais vindo para bater na porta das casas deles. O Príncipe ainda preparava festas de amor e os convidava a participar, mas desprezavam os convites dele e não queriam mais se deleitar na sua companhia. Os habitantes de Alma do Homem não procuravam os conselhos do Príncipe, nem esperavam por tais conselhos. Em vez disso, se tornaram confiantes em si mesmos, concluindo que eram fortes e invencíveis. Acreditavam que Alma do Homem era segura e estava fora do alcance de qualquer inimigo.

Emanuel percebeu que, por causa da astúcia de Segurança Carnal, a cidade de Alma do Homem não dependia mais dele ou de seu Pai. Em vez disso, confiavam nas bênçãos que haviam recebido. A princípio, ele se entristeceu por causa da condição pecaminosa dos moradores. Por isso, tentou fazê-los compreender que o caminho que agora seguiam era perigoso. O Príncipe enviou seu Nobilíssimo Secretário, para proibi-los de continuar em seu caminho. Mas, nas duas ocasiões em que ele veio, encontrou os moradores jantando na casa de Segurança Carnal. O Secretário compreendeu que não estavam dispostos a ouvi-lo argumentando a respeito da felicidade deles. Depois, ele se retirou entristecido em seu coração. Quando ele narrou ao Príncipe a indiferença do povo, Emanuel também se sentiu ofendido e entristeceu-se. Assim, ele fez planos de retornar à corte de seu Pai.

Durante o restante do tempo que permaneceu em Alma do Homem, antes de sua partida, o Príncipe dedicou-se a si mesmo, mais do que o fizera anteriormente. Se procurava a companhia dos moradores, a conversa dele não era mais tão agradável como havia sido. Quando os homens da cidade vinham à casa do Príncipe, não o encontravam tão disponível como em tempos passados. Antes, ao ouvir os passos deles, o Príncipe se apressava a encontrá-los no meio do caminho e os envolvia em seus braços. Agora, porém, eles batiam uma ou duas vezes, e parecia que o Príncipe não os ouvia.

Emanuel continuou a agir desta maneira, esperando que as pessoas de Alma do Homem reconsiderassem suas atitudes e retornassem para ele. No entanto, elas não perceberam esta sua nova maneira de comportar-se para com elas, nem se comoveram com as lembranças dos antigos favores do Príncipe.

Por conseguinte, o Príncipe se retirou deles: primeiramente, em seu palácio; depois, nos portões da cidade; e, por último, saindo de Alma do Homem. Ele se ausentaria da cidade até que os moradores reconhecessem sua ofensa e buscassem sinceramente a face dele. O Sr. Paz-de-Deus também se retirou de sua posição e, até ao presente, não cumpriu mais seus deveres em Alma do Homem.

Por esse tempo, os moradores da cidade estavam tão endurecidos em seus caminhos e tão doutrinados por Segurança Carnal, que a partida do Príncipe não lhes comoveu o coração. Na verdade, os moradores de Alma do Homem nem se lembraram do Príncipe, depois que ele partiu, e sua ausência não teve qualquer importância para eles.

Revista Fé para Hoje, extraído de The Holy War, escrito por John Bunyan.

miércoles, 10 de febrero de 2010

TRABALHAR E ORAR



Por Orlando Boyer

Diz-se que Martinho Lutero tinha um amigo íntimo, cujo nome era Miconio. Ao ver Lutero sentado dias a fio trabalhando no serviço do Mestre, Miconio ficou penalizado e disse-lhe: "Posso ajudar mais onde estou; permanecerei aqui orando enquanto tu perseveras incansavelmente na luta." Miconio orou dias seguidos por Martinho. Mas enquanto perseverava em oração, começou a sentir o peso da própria culpa. Certa noite sonhou com o Salvador, que lhe mostrou as mãos e os pés. Mostrou-lhe também a fonte na qual o purificara de todo o pecado. "Segue-me!" disse-lhe o Senhor, levando-o para um alto monte de onde apontou para o nascente. Miconio viu uma planície que se estendia até o longínquo horizonte. Essa vasta planície estava coberta de ovelhas, de muitos milhares de ovelhas brancas. Somente havia um homem, Martinho Lutero, que se esforçava para apascentar a todas. Então o Salvador disse a Miconio que olhasse para o poente; olhou e viu vastos campos de trigo brancos para a ceifa. O único ceifador,que lidava para segá-los, estava quase exausto, contudo persistia na sua tarefa. Nessa altura, Miconio reconheceu o solitário ceifeiro, seu bom amigo, Martinho Lutero! Ao despertar do sono, tomou esta resolução: "Não posso ficar aqui orando enquanto Martinho se afadiga na obra do Senhor. As ovelhas devem ser pastoreadas; os campos têm de ser ceifados. Eis-me aqui, Senhor; envia-me a mim!" Foi assim que Miconio saiu para compartilhar do labor de seu fiel amigo.
Jesus nos chama para trabalhar e orar. É de joelhos que a Igreja de Cristo avança.

Extraído del libro “Heróis da Fé” de Orlando Boyer

sábado, 6 de febrero de 2010

Precisamos Novamente de Homens de Deus



A. W. Tozer

A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.

A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.

Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.

Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos. Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.

A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.

Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.

O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.

Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.

E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo...

Revista Fé Para Hoje

viernes, 5 de febrero de 2010

Acerca de Jônatas Edwards



J. Wilbur Chapman

"Visitei o velho templo de Nova Inglaterra onde Jônatas Edwards pregou o comovente sermão: ''Pecadores nas mãos de um Deus irado". Edwards segurava o manuscrito tão perto dos olhos, que os ouvintes não podiam ver-lhe o rosto. Porém, com a continuação da leitura, o grande auditório ficou abalado. Um homem correu para a frente, clamando: Sr. Edwards, tenha compaixão! Outros se agarraram aos bancos, pensando que iam cair no Inferno. Vi as colunas que eles abraçaram para se firmarem, pensando que o Juízo Final havia chegado.
"O poder daquele sermão não cessa de operar no mundo inteiro. Mas convém saber algo mais da parte da história geralmente suprimida. Imediatamente antes desse sermão, por três dias Edwards não se alimentara; durante três noites não dormira. Rogara a Deus sem cessar: 'Dá-me a Nova Inglaterra!' Ao levantar-se da oração, dirigindo-se para o púlpito, alguém disse que tinha o semblante de quem fitara, por algum tempo, o rosto de Deus. Antes de abrir a boca para proferir a primeira palavra, a convicção caiu sobre o auditório."

Tomado del livro “Heróis da fe” de Orlando Boyer