martes, 17 de mayo de 2011

JOHN HYDE: APÓSTOLO DE ORAÇÃO

Por Francis McGaw

No tabernáculo de Moisés havia um lugar tão sagrado que de todos os milhares de
Israel somente um único homem tinha permissão de entrar ali; e mesmo este homem só podia entrar durante um dia dos trezentos e sessenta e cinco dias do ano. Este lugar era o Santo dos Santos.
O lugar onde John Hyde se encontrava com Deus era terra santa. As cenas da sua vida são por mais sagradas para serem vistas por olhos comuns. Mas chegando perto do quarto de oração de John Hyde podemos ouvir seus suspiros e gemidos, ver as lágrimas escorrendo por suas faces, e ver seu corpo, enfraquecido por dias sem alimentação e por noites sem sono, sendo sacudido por soluços enquanto suplicava: “Ó Deus, dá-me almas senão eu morrerei”!
Às vezes falamos da oração como privilégio. Outras vezes podemos falar dela como responsabilidade. Na vida de John Hyde a necessidade de oração e o privilégio de oração vieram juntos como uma coisa só. Ele sabia que o homem podia compartilhar da autoridade de Deus e liberar a obra de Deus nas vidas daqueles que precisam de salvação e libertação.
Através da oração intercessória, o Sr. Hyde pôde abrir um caminho para Deus operar em convenções, igrejas e nas vidas de muitas pessoas.
John Hyde explorou território novo no vasto ministério da oração. Creio que podemos afirmar com segurança que John Hyde foi uma apostolo da oração.
OS PRIMEIROS ANOS
John Hyde foi criado num lar onde Jesus era um hóspede residente, e onde a atmosfera era de oração. O pai de John, Smith Hyde, D. D., era um nobre homem de Deus que orava frequentemente, tanto no seu culto doméstico como do púlpito, para que o Senhor da seara mandasse trabalhadores para a sua seara. Não é de se admirar, portanto, que Deus tenha chamado dois dos seus três filhos para o ministério do evangelho, e uma das suas três filhas para trabalhar ativamente na obra cristã por um tempo.
No seu último ano de seminário, John Hyde sentiu o chamado de Deus para ir ao campo missionário. Sua decisão foi influenciada em parte pela morte do seu irmão mais velho um ano antes. Edmund estava se preparando para pregar e também era um candidato para o campo missionário. Na época, John indagou se não era a vontade de Deus que ele entrasse na vaga deixada pela morte do seu irmão.
No outono de 1892, John viajou de navio para a Índia. No princípio não foi um
missionário destacado. Era pesado de língua e sua audição era um pouco imperfeita. Seu temperamento era manso e quieto e parecia faltar-lhe o entusiasmo e o zelo próprios de um jovem missionário.
Ao chegar à Índia, coube-lhe estudar primeiramente a língua. No princípio, ele se
dedicou a isso, mas mais tarde negligenciou-se para estudar a Bíblia. Argumentou que viera à Índia para ensinar a Bíblia e que precisava conhecê-la antes de poder ensiná-la. E Deus, pelo seu Espírito, abriu-lhe maravilhosamente as Escrituras. Mas nem por isto deixou de estudar a língua. Tornou-se fluente e correto nas línguas urdu, punjabi e inglês; mas acima e muito além disso, aprendeu a língua do céu, e aprendeu a falar de tal forma que audiências com centenas de hindus ficavam fascinadas enquanto ele lhes abria as verdades da Palavra de Deus.



A PRIMEIRA CONVENÇÃO DE SIALKOT
A vida da igreja em Punjab (como também em toda a Índia) estava muito aquém do padrão bíblico; o Espírito Santo era tão pouco honrado pelos ministérios que raramente havia conversões entre os milhões que estavam sem Cristo.
Logo tornou-se evidente que havia necessidade de uma reunião anual para estudo bíblico e oração, onde a vida espiritual dos obreiros, pastores, mestres e evangelistas, tanto estrangeiros como nativos, pudesse ser aprofundada. Sialkot foi o lugar escolhido para essa reunião.
Deus colocou um tremendo peso de oração sobre os corações de três homens – John Hyde, R. McCheyne Peterson e George Turner – a favor desta convenção. Durante vinte e um dias e vinte e uma noites esses três homens oraram e louvaram a Deus por um grande derramamento do seu poder! Três corações humanos palpitavam como um só: ansiando, suplicando, clamando e agonizando pela igreja da Índia e pelos milhões de almas perdidas.
Três vontades humanas renovadas que pela fé se prenderam como se fosse com ganchos de aço à onipotente vontade de Deus. Três pares de lábios tocados pelo fogo que bradavam de corações confiantes: “Será consumado!”
Um outro missionário que estava presente na convenção relata os eventos de uma das reuniões noturnas para homens que foi dirigida por Hyde. Nesta noite particular, Hyde chegou bem atrasado e ficou sentado em silencio diante deles por um considerável espaço de tempo antes de falar. “Quando por fim falou, ele contou-nos de maneira simples e tranqüila sobre alguns dos terríveis conflitos que tivera com o pecado e como Deus lhe dera vitória” Creio que ele não falou por mais de quinze ou vinte minutos, depois sentou-se, abaixou sua cabeça por
alguns minutos, e disse: ‘Vamos ter um período de oração’.
“Lembro-me de como o pequeno grupo se prostrou sobre as esteiras de acordo com o costume oriental, e depois, por muito tempo, uma após outro se levantou para orar. Houve confissões de pecado tais como a maioria de nós nunca tinha ouvido antes e intensos clamores a Deus pedindo por misericórdia e auxílio”.
“Já estava muito tarde naquela noite quando o pequeno grupo se despediu e alguns de nós definitivamente ficaram sabendo de diversas vidas que foram totalmente transformadas através da influência daquela reunião.”



QUEBRANTAMENTO POR CAUSA DO PECADO
No ano seguinte, na reunião anual da União de Oração de Punjab, que fora organizada antes da primeira Convenção de Sialkot, Deus colocou sobre os corações o peso de um mundo mergulhado no pecado. Aos que estavam presentes foi permitido compartilhar dos sofrimentos de Cristo em certa medida. Foi uma gloriosa preparação para a convenção no outono.
Nesta convenção John Hyde estava constantemente no quarto de oração dia e noite. Ele era o preletor principal, e foi da comunhão com Deus que derivou seu poder para falar.
Uma vez falaram com John Hyde para fazer alguma coisa e ele foi e obedeceu, mas voltou ao quarto de oração em prantos confessando que havia obedecido a Deus com relutância. “Orem por mim, irmãos, para que eu faça isto com alegria.”
Depois disso, saiu e obedeceu triunfantemente. Entrou novamente no salão com grande alegria, repetindo três palavras em urdu: “Ai Asmani Bak” – “Ó Pai Celestial”.
Quem pode descrever o que se seguiu? Foi como se um imenso oceano viesse
inundando aquela assembléia. Corações se curvavam diante daquela presença divina como as árvores de uma floresta diante de uma grande tempestade. Era o oceano do amor de Deus sendo derramado através da obediência de um homem. Corações foram quebrantados diante dele. Houve confissões de pecado com lagrimas que logo se transformavam em alegria, e depois brados de regozijo.
Na convenção do ano seguinte, em resposta à oração, Deus derramou pelo seu Espírito um peso pelas almas perdidas. Era o mesmo quebrantamento de coração do ano anterior, só que agora era pelos pecados dos outros. Ninguém sentiu isso mais do que John Hyde.
Mais ou menos nessa época John Hyde começou a ter visões de Cristo glorificado como Cordeiro no seu trono – sofrendo infinita dor pelo seu corpo e junto com ele na terra. Como a cabeça divina, ele é o centro nervoso de todo o corpo. Ele de fato está vivendo hoje uma vida de intercessão por nós. A oração em favor de outros é como se fosse a própria respiração da vida do nosso Senhor no céu. Isto estava se tornando mais e mais real na vida de John Hyde.



TEMPOS DE VERÃO
Nos dois verões seguintes John Hyde foi para a casa de um amigo nas montanhas. Foi para lá a fim de entrar em verdadeira intercessão com o se Mestre. O seu amigo escreveu a respeito: “Era evidente a todos que ele estava dobrando com o peso de profunda angústia de alma. Faltou a muitas refeições, e quando eu ia para o seu quarto, encontrava-o prostrado como em grande agonia, ou andando para cima e para baixo como se um fogo interior estivesse ardendo nos seus ossos...”
“John não jejuava no sentido normal da palavra, mas frequentemente quando eu
implorava para que ele viesse comer, ele olhava para mim, sorria e dizia: ‘Não estou com
fome’. Não! Havia uma fome muito maior consumindo a sua própria alma, e somente a oração poderia saciá-la. Diante da fome espiritual, a natural desaparecia.”
Passo a passo ele estava sendo levado para uma vida de oração, vigilância e agonia em favor dos outros. Um pensamento estava sempre predominante na sua mente: que o nosso Senhor ainda agonizava em favor das almas. Com toda a profundidade de amor que ele parecia estar sondando com o seu Senhor, havia também vislumbre das suas alturas – momentos de céu na terra, quando sua alma ficava inundada com cânticos de louvor e ele entrava no gozo do seu Senhor.
Naqueles dias parecia que ele nunca perdia a visão dos milhares no seu próprio distrito que estavam sem Deus e sem esperança no mundo. Como ele suplicava por eles com soluços – soluços sem lágrimas, soluços que o engasgavam e que mostravam como as profundezas da sua alma estavam sendo agitadas. “Pai, dá-me estas almas, senão eu morro!” era a carga das suas orações.
Durante esses tempos de intercessão, John Hyde firmou com Deus uma aliança bem definida. Era pela conversão de uma alma por dia, não menos. Não meros interessados, mas uma alma salva, pronta para confessar a Cristo publicamente e ser batizada no seu nome.
Ele voltou para o seu distrito com esta confiança e não ficou desapontado. Isto
significava longas viagens, noites de vigília em oração, e jejum, dor e conflito, mas estas coisas foram sempre coroadas pela vitória. Suas ovelhas foram se recolhendo no aprisco e o Bom Pastor viu o fruto do penoso trabalho da sua alma e ficou satisfeito. Quando chegou o fim daquele ano, mais de quatrocentas almas foram recolhidas.
Ele ficou satisfeito com isso? Longe disso. Como seria possível ficar satisfeito se o seu Senhor não o estivesse? John Hyde parecia sempre estar ouvindo a voz do Bom Pastor que dizia: “Ainda tenho outras ovelhas, ainda tenho outras ovelhas”. Não importava se ganhasse uma alma por dia, ou duas por dia, ou quatro por dia, ainda continuava sentindo um anseio insaciável, uma paixão inextinguível pelas almas perdidas.




UMA VIDA DE ORAÇÃO
Na conferência do ano seguinte John Hyde outra vez chegouy a Deus com um pedido definido e importunador. Desta vez ele queria duas almas por dia. Nesta conferência Deus o usou com mais poder do que nunca. Através dele Deus revelou vislumbres do divino coração de Cristo partido por causa dos nossos pecados. Não precisamos ter o nosso coração partido, mas ter o coração partido de Deus. Não somos participantes dos nossos sofrimentos, mas dos sofrimentos de Cristo. Não é com as nossas lágrimas que devemos admoestar noite e dia, mas tudo vem de Cristo. A comunhão nos seus sofrimentos é o seu dom gratuito para ser recebido
em simples fé.
Paterson escreveu a respeito de John Hyde: “Qual foi o segredo da vida de oração de John Hyde? Quem é a fonte de toda vida? O Jesus glorificado. Como recebo esta vida dele?
Assim como recebi a sua justiça no início. Reconheço que não tenho nenhuma justiça de mim mesmo – somente trapos de imundícia e em fé me aproprio da sua justiça.
“Agora se segue um duplo resultado. Quanto ao nosso Pai dos céus, ele vê a justiça de Cristo e não a minha injustiça. Um segundo resultado vem quanto a nós mesmo: a justiça de Cristo não só nos reveste exteriormente, mas entra no nosso próprio ser, pelo seu Espírito, recebido por fé, e desenvolve a santificação em nós.” “Pro que não pode ser mesmo com a nossa vida de oração? Lembremo-nos da palavra
por. ‘Cristo morreu por nós’ e ‘vivendo sempre para interceder por nós’, isto é, no nosso lugar.
Assim eu confesso as minhas orações sempre insuficientes (nem ouso chamá-las de vida de oração), e suplico baseado na sua intercessão incessante. Isso afeta o nosso Pai, pois ele vê a vida de oração de Cristo em nós e responde de acordo com ela. De forma que a resposta é ‘infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos’.
“Um outro grande resultado se segue: nós somos afetados. A vida de oração de Cristo entre em nós e ele ora em nós. Isto é oração no Espírito Santo. Esta é a vida mais abundante que o nosso Senhor nos dá. Oh, que paz, que conforto! Não há mais necessidade de esforçarnos para produzir uma vida de oração, falhando constantemente. Jesus entra no barco e a labuta cessa, e logo estamos na terra que era o nosso destino. Agora, precisamos ficar quietos diante dele para ouvir a sua voz e permitir que ele derrame em nossa alma sua vida transbordante de intercessão, que significa literalmente: encontrar-se face a face com Deus –
verdadeira união e comunhão.”
John costumava dizer: “Quando nos mantemos perto de Jesus, é ele quem atrai almas a si mesmo através de nós, mas é necessário que ele seja levantado na nossa vida: isto é, temos de ser crucificados com ele. Em alguma forma, é o que se levanta entre nós e ele, e por isso o eu precisa ser tratado como ele foi. O eu precisa ser crucificado. Somente então Cristo será levantado na nossa vida, e ele não pode deixar de atrair almas a si mesmo. Tudo isso é resultado de união e comunhão íntimas, ou seja, comunhão com ele nos seus sofrimentos!”



ALARGANDO O SEU CORAÇÃO
As oitocentas almas desde a conferência do ano passado não satisfizeram a John Hyde.
Deus estava alargando o seu coração com seu amor. Mais uma vez ele buscou a Deus com santo desespero. Finalmente obteve a segurança de ganhar quatro almas por dia.
Nos dias em que quatro almas não foram recolhidas para o aprisco, de noite havia
tamanha carga no seu coração que se transformava em verdadeira dor, sendo-lhe impossível comer ou dormir. Então em oração ele pedia ao Senhor para lhe mostrar que obstáculos na sua vida estava impedindo a bênção. Invariavelmente ele descobria que era a falta de louvor na sua vida. Assim ele trocava suas cinzas pela grinalda de Cristo, seu pranto pelo óleo de alegria de Cristo, seu espírito angustiado pelas vestes de louvor de Cristo, e enquanto ele louvava a Deus, as lamas vinham a ele e os números que faltavam eram completados.
E ainda mais profundo ele caminhou com Cristo para a penumbra do jardim! A oração tomou agora a forma de confessar os pecados de outros e tomar o lugar daqueles pecadores, como faziam tantos profetas na antiguidade. Ele estava carregando os pecados de outros sozinho com o seu Senhor e Mestre. “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6:2). De acordo com essa lei, devemos entregar a nossa vida pelos irmãos. Era isto que John Hyde estava fazendo.
Aproximadamente nesta época em que a confissão dos pecados de outros estava se apossando do coração de John Hyde, ele aprendeu um lição muito solene – o pecado de achar defeitos nos outros, mesmo ao orar por eles. Ele estava carregando certa vez um peso de oração em favor de um determinado pastor hindu. Então ele se retirou para o seu quarto de oração, e meditando na frieza do pastor e da morte conseqüente que havia na sua igreja, começou a orar: “Ó Pai, tu sabes quão frio...”
Mas era como se um dedo fosse colocado nos seus lábios, de modo que não podia falar o que pretendera, e uma voz disse no seu ouvido: “Quem nele tocar, toca na menina do meu olho”.
Hyde clamou em angústia: “Perdoa-me, Pai, pois tenho sido um acusador dos irmãos diante de ti!” Ele reconheceu que na vista de Deus ele deveria contemplar tudo que é amável. Entretanto, ele também queria contemplar tudo que é verdadeiro. Foi-lhe revelado que o “verdadeiro” deste versículo se limita para quilo que é ao mesmo tempo amável e verdadeiro, que o pecado dos filhos de Deus é efêmero; o pecado não é a verdadeira natureza dos filhos de Deus. Pois devemos vê-los como estão em Cristo Jesus – “aperfeiçoados”, assim como estarão quando ele tiver completado a boa obra que iniciou neles.
Então John pediu ao Pai que lhe mostrasse tudo que merecesse louvor na vida daquele pastor. Ele foi lembrado de muita coisa pela qual poderia agradecer a Deus de coração, e assim passou o seu tempo em louvor! Este foi o caminho para a vitória. O resultado? Logo depois ficou sabendo que o pastor recebeu na mesma época um grande reavivamento e estava pregando com fogo.



QUEIMANDO POR CRISTO
John Hyde foi conclamado para auxiliar em avivamentos e conferências em Calcutá, Bombaim e muitas outras cidades maiores. Um amigo escreve a respeito dele durante uma destas reuniões. “Ele permaneceu conosco durante quase quinze dias, e durante todo esse tempo estava com febre. Mesmo assim ministrou nas reuniões normalmente, e como Deus nos falou através dele, apesar de fisicamente não ter condições de fazer nada!
“Naquela época fiquei doente por vários dias. A dor no meu peiro me manteve acordado por diversas noites. Foi então que notei que o Sr. Hyde estava fazendo no seu quarto em frete ao meu. Eu podia ver o clarão da luz elétrica quando ele saía da cama e a acendia. Observei-o fazer isso às dozes horas, às duas, às quatro e depois às cinco. Daquela hora na luz permanecia acesa até o amanhecer.”
“Nunca me esquecerei das lições que aprendi naquela época. Eu já havia orado pelo privilégio de esperar em Deus nas horas da noite? Não! Isto levou-me a pedir este privilégio ali mesmo. A dor que me impedia de dormir noite após noite foi transformada em alegria e louvor por causa deste novo ministério que de repente eu descobrira, de manter a vigília da noite junto com os outros que têm a função de lembrar o Senhor.”
O mesmo amigo relata como o Sr. Hyde piorou fisicamente e finalmente foi persuadido a ver um médico. O diagnóstico do médico foi que o coração de John Hyde estava em péssima condição. “Nunca encontrei um caso tão terrível quanto este. Foi deslocado da sua posição normal no lado esquerdo para um lugar no lado direito.” Quando o médico perguntou: “O que você tem feito consigo mesmo?”, o Sr. Hyde não disse nada. Somente sorriu. Mas aqueles que o conheciam sabiam qual era a causa: sua vida de incessante oração, noite e dia, orando excessivamente com muitas lágrimas pelos seus convertidos, pelos colegas na obra, pelos amigos, e pela igreja na Índia. Sua oração para que ele fosse todo queimado ao invés de enferrujar estava sendo respondida.



DE VOLTA PARA CASA
Na primavera seguinte, John Hyde partiu para casa como um homem muito doente. Ele havia chegado na Índia no outono de 1892, menos que vinte anos antes. Mas sem dúvida foram dezenove anos muito lindos!
Quando chegou na Inglaterra ele foi visitar alguns amigos no País de Gales. Enquanto lá, ouvir falar que o Dr. J. Wilbur Chapman e o Sr. Charles M. Alexander, na sua campanha evangelística mundial, estavam tendo reuniões em Shrewsbury. Com dois dos seus amigos ele foi para a abertura da campanha. Depois daquela reunião um peso veio sobre o Sr. Hyde e ele contratou um quarto no hotel por uma semana para assumir o peso de oração em favor de Shrewsbury.
Mais tarde o Dr. J. Wilbur Chapman escreveu: “Deus tem estado graciosamente ao nosso lado em todas estas longas viagens pelo mundo, e temos aprendido algumas coisas que aumentaram a nossa fé. Cremos na oração como nunca antes. Tenho aprendido algumas grandes lições a respeito da oração. Sei que todos os grandes avivamentos são gerados pela oração.
“Numa das nossas campanhas na Inglaterra a audiência era muitíssimo pequena. Os resultados pareciam impossíveis, mas recebi um bilhete dizendo que um missionário americano estava chegando na cidade e que ia orar pela bênção de Deus sobre nosso trabalho.”
“Quase que instantaneamente houve uma mudança brusca. O salão ficou lotado, e o meu primeiro apelo trouxe cinqüenta homens para Jesus Cristo. Quanta estávamos saindo, falei: ‘Sr. Hyde, quero que você ore por mim’. Ele veio para o meu quarto, caiu de joelhos, e esperou cinco minutos sem que uma só sílaba saísse dos seus lábios. Eu podia ouvir o meu próprio coração bater violentamente. Senti as lágrimas aquecidas escorrerem pelas minhas faces. Eu sabia que estava com Deus. Então com o rosto levantado pelo qual as lágrimas jorravam, ele disse: ‘Ó Deus!’
“Depois por mais cinco minutos pelo menos, ele ficou quieto novamente, e quando sabia que estava conversando com Deus ele colocou o seu braço nos meus ombros e surgiu das profundezas do meu coração tais petições pelos homens quais nunca antes tinha ouvido.
Levantei-me dos meus joelhos sabendo o que era a verdadeira oração.”
Quando John Hyde chegou em Nova York, ele foi imediatamente para Clifton Spring. O seu propósito era obter alívio de uma severa dor de cabeça que sofria desde muito antes de sair da Índia. Uma operação revelou um tumor maligno, diagnosticado como sarcoma.
Recuperou-se dessa operação, e em setembro foi visitar sua irmã em Northampton, Massachusetts. Mas logo depois do ano novo, começou a ter dores nas suas costas e lado. Ele pensou que era reumatismo, mas o médico sabia que era o temido sarcoma outra vez. John Hyde passou para o Senhor no dia 17 de fevereiro de 1912.
“Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra” (Is 62:6,7).
Há alguns que sabem que Deus os tem escolhido e ordenado como guardas. Há alguns que vivem por tanto tempo em intimidade com Jeová que ouvem a sua voz e recebem ordens diretamente dele, que têm o privilégio de cuidar, juntamente com o Senhor, dos assuntos do seu reino.

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