miércoles, 23 de mayo de 2012

DESEJO ARDENTE DE GANHAR ALMAS

Por Orlando Boyer
             Já ganhaste uma alma para Cristo? Já experimentaste? Conheces alguém atualmente na glória, com Cristo, levado por ti a Ele? Ou conheces alguém que está no caminho para o céu, porque o informaste do Salvador?
            Se fossem desvendados os teus olhos, neste momento, para contemplar a eternidade, e se te fosse revelado que tens de passar para lá, neste ano não desejarias depositar aos pés do Salvador algum presente como prova de teu amor? Pode haver um presente tão precioso ou aceitável ao Mestre, como uma alma ganha para Ele, durante um ano?
            As palavras dos maiores, na história da Igreja de Cristo, revelam como o coração os abrasava com este desejo; vamos citar algumas expressões:
            Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu morro!”
            Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”
            Diz-se de Aleine: “Era insaciavelmente desejoso de conversão de almas, e para este fim derramava seu coração em oração e pregação”
            João Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do meu trabalho”.
            Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo”.
            D. L. Moody: “Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer alvo e em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me com a Tua graça”.
            Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus”.
            João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de Fidji, no leito de morte, orava: “Senhor, salva Fidji, salva Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia de Fidji, salva Fidji!”
            João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: “Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”
            Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Ó Deus, dá-me almas ou morrerei!”
            Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse voado, ele se levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!”, e findou a sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida, dominava-o até a morte.
            Davi Brainerd falava: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o progresso do Teu reino”.
            Ele escreveu: “Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para ganhar cada alma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascer do sol até anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, oh! Meu querido Senhor suou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter mais compaixão”.
            Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar ou a maneira que tivesse de morar, nem por qual sofrimento tivesse de passar, contanto que pudesse ganhar almas para Cristo. Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não tinha outro desejo a não ser a conversão dos perdidos”.
Encontrava-se João Welsh, nas noites mais frias prostrado no chão, chorando e lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse a razão de sua ânsia, respondia: “Tenho que dar conta de três mil almas e não sei como estão”.
O profeta Jeremias: “Se eu disser: Não farei menção dele, nem falarei mais em Seu nome, há no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou cansado de sofrer, e não posso conter-me”. (Jer 20.9)
O apóstolo Paulo: “Tornei-me tudo para todos, para de todo e qualquer modo salvar alguns”. (1 Cor 9.22)
O sentimento do Filho de Deus: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”. (2 Tim 1.15)
O desejo do Pai celestial: “Pois assim amou Deus ao mundo, que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16)
D. L. Moody conta o seguinte, explicando como Deus o dirigiu a deixar tudo para passar o resto da vida no serviço de ganhar almas: “Não perdi a visão de Jesus Cristo, desde o primeiro dia que O encontrei, na loja em Boston, onde era caixeiro. Porém durante alguns anos achava que não podia trabalhar para Deus. Ninguém me pediu para que fizesse alguma coisa em favor do Evangelho.
Quando fui a Chicago, aluguei cinco assentos na Igreja, e saía e me esforçava para encher os bancos, com moços que encontrava nas ruas. Não falava a estes acerca das suas almas; julgava eu que falar aos pecadores era trabalho dos anciãos. Depois de algum tempo de assim trabalhar, abri uma Escola Dominical, em outra parte da cidade. Para mim, a única coisa era ter o maior número na Escola, e trabalhava com este alvo. Quando a assistência era de menos de mil pessoas, eu ficava perturbado; e quando subia a mil e duzentas ou a mil e quinhentas então me alegrava. Até então ninguém fora convertido; não houvera colheita. Então, Deus me iluminou.
Havia na escola uma classe de moças que eram, sem dúvida, as mais vaidosas que eu jamais encontrara. Num domingo o professor estava doente, e eu ensinei a classe. Zombaram de mim na minha presença e eu fui tentado a expulsá-las, para nunca mais voltarem. Durante a semana, o professor entrou na loja onde eu trabalhava. Vi que ele estava pálido e muito doente. “Que tens?” perguntei-lhe. – “Tive outra hemorragia nos pulmões. O médico diz que não posso ficar em Lake Michigan, e vou para o Estado de Nova Iorque. Por mim, vou para casa para morrer”. Ele parecia muito perturbado e quando perguntei a razão, respondeu: “Ora, nunca dirigi uma moça da minha classe para Cristo. Acho que realmente tenho feito mais mal do que bem, às moças”.
Nunca tinha ouvido alguém falar nisso, e fiquei meditando.
Depois de um pouco, eu disse: “Não achas bom ir dizer-lhes o que sentes? Irei, também, numa carruagem, se queres ir”. Ele concordou e saímos juntos. Foi uma das melhores viagens que jamais fiz na terra. Fomos à casa de uma das moças e o professor falou pra ela acerca da alma. Então, não se ria mais. Lágrimas apareceram-lhe nos olhos. O professor depois de explicar o caminho da salvação, sugeriu que orássemos. Pediu que eu orasse. Em verdade, nunca fizera tal coisa, nunca orara a Deus que convertesse a uma moça, e na mesma ocasião, porém, oramos, e Deus respondeu à oração.
Fomos à casa das outras moças. Quando ele subia a escada, faltava-lhe o fôlego, mas explicava às moças o propósito de nossa visita. E, sem muita demora, ficaram quebrantadas e começaram a buscar salvação.
Quando ele não podia mais andar, levei-o de novo para sua casa. No dia seguinte saímos outra vez. Passara-se dez dias, e chegou de novo à loja, com o rosto brilhando. “Sr Moody”, disse ele, “a ultima já se entregou a Cristo”. Como foi grande o nosso regozijo! Ele tinha de partir na noite do dia seguinte; chamei sua classe para uma reunião de oração, e lá, Deus acendeu um fogo na minha alma, que nunca mais se apagou. O maior alvo da minha vida era ser comerciante próspero; se tivesse sabido que estava para perder este alvo, é provável que não teria ido. Mas quantas vezes agradeço a Deus, depois daquele culto!
O professor que estava para morrer, sentou-se no centro da classe e falava-lhes, lendo o capitulo catorze de João. Experimentamos cantar o hino: “Benditos laços são, os do fraterno amor”, e depois ajoelhamo-nos para orar. Quando eu queria levantar-me da oração, uma das moças da classe começou a orar por seu professor, já moribundo, outra orou e, depois outra; e antes de nos levantarmos, a classe inteira tinha orado. Quando saímos, disse pra mim mesmo: “Ó Deus, deixa-me morrer antes de perder a benção que recebi aqui, esta noite!”
No dia seguinte, fui à estação despedir-me do professor. Antes de sair o trem, chegaram, uma a uma, todas as moças da classe sem haver qualquer combinação. Que culto! Experimentamos cantar, mas só podíamos chorar. A última coisa que vimos do professor, na plataforma do último carro, com o dedo apontado para cima, implorava que a classe o encontrasse no céu.
Eu não sabia o preço que tinha de pagar por causa desta experiência. Não tinha mais habilidade para o comércio, tinha perdido o gosto de negociar. Tinha provado algo de um outro mundo, e não queria mais ganhar dinheiro. Durante alguns dias depois, tive a maior luta da minha vida. Devia deixar o comércio e entregar-me inteiramente à Obra de Cristo, ou não? Nunca me arrependi da minha escolha. Oh, a delícia de dirigir alguém das trevas, à luz gloriosa do Evangelho!
Na primeira guerra mundial, um moço foi levado ao hospital, sofrendo ferimentos em quase todo o corpo. Em grande agonia, suplicava à enfermeira que lhe desse algo para dormir, para jamais acordar. Ela recusou e ele começou a implorar ao médico: “Tenha compaixão de mim. Faça com que eu durma. Por que devo viver? Estou completamente inutilizado. Não posso mais servir à pátria nem ao próximo. Dê-me um alívio”. Quando o médico também recusou, rogou que escrevessem ao rei, pedindo licença para que findassem com seus sofrimentos. Para apaziguá-lo, o médico escreveu ao rei Jorge, contando o caso do soldado valente que fora vencido pela dor. Chegou um telegrama para o soldado: “Teu rei precisa de ti. (a) Jorge”. O soldado, logo corou ânimo e ficou bom.
A mensagem direta para todo crente, é a mesma: “Teu Rei precisa de ti, ara proclamar a mensagem a todas as criaturas”.

QUERES FAZER QUATRO COISAS BOAS?
1.      Escreve uma lista, os nomes de pessoas que queres ganhar para Cristo, e todos os dias pede a Deus, em oração, que as salve.
2.      Deixa ao lado de cada nome, lugar para indicar quando tiveres a resposta.
3.      Agradece a Deus e dá-lhe glória por toda a alma salva.
4.      Assenta no coração ter alvo certo. Data e assina o seguinte:

GANHAR UMA ALMA
            Procuro, com auxílio do Senhor, ganhar uma alma cada ano (ou mês), e levá-la a fazer o mesmo.
            Data: _____/ _____ / _____
            Nome:____________________________

QUESTIONÁRIO
1.      Recitar 2 Timóteo 2.15.
2.      Citar algumas coisas em que podemos esforçar-nos para ganhar almas.
3.      Que temos de manejar bem para levar almas ao Salvador?
4.      Que disse o profeta Jeremias acerca de seu desejo ardente de testificar de Deus?
5.      Que disse o apóstolo Paulo neste sentido?
6.      De todos, quem tinha o alvo mais sincero e claramente traçado para gastar a vida em ganhar almas? Dar a razões pela resposta.

UM CHAMADO PARA ANGUSTIA



Por David Wilkerson

Eu olho para todo o cenário religioso atual e tudo que vejo são invenções e ministérios de homens e carne. A maioria sem Poder. Não há impacto sobre o mundo. E eu vejo mais o mundo entrando na igreja e impactando a igreja do que a igreja impactando o mundo. Eu vejo a música tomando conta da casa de Deus. Eu vejo o entretenimento tomando conta da casa de Deus. Buscam o entretenimento na casa de Deus, e odeiam a correção e a repreensão, ninguém quer ouvir isso mais. O que aconteceu com a angústia na casa de Deus? O que aconteceu com a angústia no ministério? Esta é uma palavra que não se ouve mais nesta época mimada. Não se ouve mais. Angústia significa extrema dor e sofrimento. As entranhas tão comovidas que isto se torna doloroso. Uma dor aguda no seu interior por causa das condições sobre você, em você ou ao teu redor. Angústia, profunda dor, profunda tristeza, agonia do CORAÇÃO DE DEUS!!! Estamos presos as nossos discursos religiosos e conversas sobre avivamento, mas nos tornamos tão PASSIVOS! Toda paixão verdadeira é nascida em meio à angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo nasce de um batismo de angústia. Olhando a escritura, você encontra que quando Deus intentava restaurar uma situação de ruínas Ele ia compartilhar sua própria angústia, pelo que Deus via acontecendo com sua igreja e com seu povo. E Ele ia encontrar um homem de oração e Ele ia tomar aquele homem e literalmente batizá-lo em angústia. Você encontra isso no livro de Neemias. Jerusalém está em ruínas. Como Deus irá lhe dar com isso? Como Deus irá restaurar as ruínas? Povo olhe pra mim... Neemias não era um pregador, ele tinha uma profissão. Ele foi um homem de oração. Deus encontrou um homem que não tinha apenas uma emoção de momento... Não apenas uma repentina explosão de preocupação e depois deixou isso morrer. Ele disse: “Não. Eu me entristeci e chorei e lamentei e jejuei. Então comecei a orar noite e dia.” Por que não estes outros homens? Por que eles não tinham uma resposta? Por que Deus não os usa na restauração? Por que eles não têm uma palavra? Porque não há sinal de angústia! Não há choro! Não há uma palavra de oração! É tudo ruínas! Não te importa a você hoje... Não te incomoda que a Jerusalém espiritual de Deus, a igreja, está agora casada com o mundo? Que existe tão grande frieza varrendo a terra? Mais perto que isso... Você não se importa com a Jerusalém que está em nossos próprios corações? O sinal de ruína que devagar vai drenando o poder espiritual e paixão. Cegos para a mornidão, cegos para a mistura que está rastejando para dentro. Isto é tudo que o diabo quer fazer é tirar o combate de você. E matá-lo. Então você não irá mais se ocupar em oração. Você não irá mais chorar diante de Deus. Você consegue sentar e assistir televisão e sua família vai para o inferno! Deixa eu te perguntar... É o que eu disse que te fez totalmente culpado? Existe uma grande diferença entre angústia e preocupação. Preocupação é algo que começa com o seu interesse, você tem um interesse em projeto ou causa ou necessidade. Eu vou lhe contar algo que aprendi nestes meus 50 anos pregando... Se algo não é nascido em angústia, se não tiver nascido do Espírito Santo, onde depois que você viu e ouviu a ruína isto te levou para os joelhos, te fez descer num batismo de angústia onde você começa a orar e buscar a Deus. Eu sei agora, oh meu Deus eu sei isso! Até eu estar em agonia, até eu ter sido angustiado sobre isso. E todos nossos projetos, todos nossos ministérios, tudo que fazemos... Onde estão os professores de escolas dominicais que choram pelas crianças que eles sabem que não estão ouvindo as lições e está indo para o inferno? Percebe? Uma vida verdadeira de oração começa no lugar da angústia. Percebe? Se você dispõe teu coração para orar, Deus virá e compartilhará o coração d’Ele com você. Seu coração começa a chorar – Ó Deus seu nome tem sido blasfemado. Zombam do Espírito Santo. O inimigo está tentando destruir o testemunho da fidelidade do Senhor. E algo precisa ser feito. Não haverá renovo, avivamento, nem despertamento. Até que nós estejamos dispostos a deixá-lo nos quebrantar de novo. Povo está ficando tarde e está ficando sério. Por favor, não me diga que você está preocupado... Quando você passa horas em frente da internet ou televisão. Vamos. Senhor é necessário chegar ao TEU altar e confessar Eu não é o que eu era, eu não sou o que deveria ser. Deus eu não tenho o seu coração ou suas preocupações. Eu busquei facilidades. Eu apenas queria ser feliz. Mas Senhor, verdadeira alegria vem, verdadeira alegria vem do meio da angústia. Nada carnal te dará alegria. Não me importa quanto dinheiro, que tipo de casa nova, é algo espiritual que pode te dar alegria. É algo realizado unicamente pelo Espírito Santo quando você O obedece e assume o Seu coração. Construa os muros em volta da sua família. Construa os muros em volta do seu coração. Seja forte e inconquistável contra o inimigo. Deus é o que nós desejamos.

martes, 15 de mayo de 2012

QUEBRANTAMENTO DE CORAÇÃO




Por Charles Finney

Você quer um coração sempre incendiado por Deus? Deseja conhecer a unção contínua do Espírito Santo? Está ansioso por ser usado no serviço do seu Senhor? Gostaria de estar sempre aceso com o poder de Deus? Você quer um avivamento permanente no seu próprio coração de tal forma a nunca perder seu primeiro amor, nem seu entusiasmo primitivo? Está orando para estar sempre ardendo por Deus e sempre interessado nas almas dos homens? Muito bem, aqui então está o segredo. Avivamento permanente é possível somente onde há contínuo quebrantamento de coração.
Agora, deixe-me fazer-lhe uma pergunta. Como foi que Finney alcançou avivamento permanente? Lembre-se, até ao dia de sua morte, ele foi um avivalista. Continuamente fazia seu trabalho de ganhar almas. Nunca perdeu seu peso pelas almas perdidas. Eu pergunto: Como foi possível manter tal ministério?
Todos os dias da sua vida ele fazia questão de estar sozinho com Deus e passar um tempo em silêncio com a Palavra. Todos os dias ele separava tempo para a oração. Ele nunca permitiu que um único dia passasse sem se encontrar com seu Senhor. Esta é a resposta.
Posso dizer que por mais de meio século, agora, tenho observado a vigília matutina.
Eu nem sonharia de ir trabalhar sem primeiro encontrar-me com Deus. Manhã após manhã vou ao meu escritório e espero no meu Senhor. Em primeiro lugar procuro imergir minha mente nas páginas do livro sagrado e depois dedico-me à oração e à súplica. Desta forma, encontro-me com Deus antes de me encontrar com os homens e ele soluciona os meus problemas antes que eu os enfrente. A vigília matutina tem tido um significado inexprimível na minha vida, e meu ministério seria fraco, sem poder e ineficaz sem ela.
Você tem um horário para se encontrar com Deus? Você tem um lugar para se encontrar com Deus? Já passou um dia na sua vida depois de convertido sem abrir as páginas do livro sagrado e estudar a Palavra de Deus? Você tem deixado um único dia passar sem derramar o seu coração em oração e súplica?
Meu amigo, se você quiser manter a espiritualidade que Deus lhe deu, se você quiser um avivamento permanente no seu coração, você terá que aprender a encontrar-se com o Senhor Jesus Cristo diariamente. Lembre-se que o maná era recolhido todos os dias. Você também terá de recolhê-lo diariamente, ou nunca terá utilidade alguma no serviço de Deus.
Houve épocas em que Finney sentia que estava esfriando e reconhecia que seu coração estava começando a gelar. Em cada uma dessas épocas ele recorreu a horas adicionais de oração.

sábado, 12 de mayo de 2012

A ALEGRIA DO EVANGELISMO


Por Oswald Smith

Depois de haver falado a um numeroso grupo de pastores em Sidney, na Austrália, sobre o evangelismo, notei um ministro cujo rosto estampava tristeza. Ele se aproximou lentamente de mim. Esperei que ele se manifestasse. Ele ficou de pé um momento, diante de mim, antes de abrir a boca, e depois me perguntou o seguinte:
- Dr. Smith, será que entendi mesmo o que o senhor disse?
- Por quê? – retruquei – Qual é a sua dúvida?
- O senhor disse de fato, - frisou ele – que é possível a gente fazer o que o senhor acabou de falar?
- Sim, mas não entendo qual é a sua dúvida, - insisti.
- O senhor acha, continuou ele, que é possível a um ministro presbiteriano fazer um apelo para que os perdidos aceitem a Cristo? (Ele salientou a palavra “presbiteriano”).
- Bem – respondi – eu sou um ministro presbiteriano, e durante todos os dias de meu ministério tenho feito apelos, e tenho visto homens e mulheres, às centenas, virem à frente, defronte o púlpito, a fim de aceitar a Jesus Cristo como seu Salvador – concluí.
- Mas o senhor sabe, - insistiu ele – que isso não se faz na igreja presbiteriana. Não agimos assim em nossa denominação.
- Sei disso – prossegui. – Mas não veja razão por que um ministro presbiteriano não possa fazer um apelo desses.
Com expressão de tristeza no rosto ele se virou e foi-se embora. Em poucos minutos, já me havia esquecido inteiramente do incidente. Na segunda-feira seguinte, à noite, quando eu dirigia uma de minhas reuniões costumeiras no Auditório do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana, estava prestes a subir os degraus até o púlpito quando percebi um movimento estranho à porta. Parei, curioso. Eu queria saber o que estava acontecendo. Para minha grande admiração, vi o rosto de meu amigo, o ministro presbiteriano que me interpelara, esforçando-se para entrar, varando o povo amontoado à entrada do edifício. Fiquei esperando. Ele conseguiu passar e vinha rápido na minha direção. Notei que trazia uma jovem pelo braço esquerdo e outra pelo direito, arrastando-as.
Quando, por fim, chegou a distância suficiente para que eu o visse melhor, notei que seu rosto brilhava de alegria.
- Funciona, funciona! – berrou ele.
No momento não atinei o sentido de suas palavras.
- Que é que funciona? – perguntei, quando chegou à minha frente.
- Ora, o que o Senhor disse no sábado! – exclamou ele.
E prosseguiu: - No domingo, pela primeira vez em minha vida, fiz um apelo, e veja o que consegui. E assim dizendo impeliu as duas jovens para diante de mim.
Interroguei-as e vi que ambas se haviam realmente convertido ao Senhor. E lembrei-me do incidente do sábado, até que raiou em minha mente que algo diferente havia acontecido.
Ele fizera o apelo no dia anterior, mas com medo. Duas mãos se levantaram. Ele ficou sem saber o que fazer, mas pediu às duas jovens que se levantassem. Inseguro sobre o passo seguinte, ele se lembrou de que eu convidara as pessoas que desejassem ser salvas que viessem falar comigo sobre a salvação. Foi o que ele fez. As jovens atenderam sem hesitação. Não contando com obreiros que o auxiliassem, ele mesmo conversou com as jovens e, ao fazê-lo, foram salvas. Que transformação! Aquele ministro presbiteriano voltou ao seu trabalho para fazer justamente o trabalho que havia negligenciado durante todo o seu ministério. Daí por diante passou a oferecer à sua congregação a oportunidade de aceitar a Jesus Cristo como Salvador, depois de pregar, ao invés de apenas pronunciar a bênção apostólica e ir embora para casa. Seu ministério inteiro se revolucionou. Começou a experimentar um pouco do júbilo que acompanhava o evangelismo, e assim aprendeu, por experiência própria, que até mesmo um ministro presbiteriano pode fazer apelos para que os pecadores aceitem a Cristo como Salvador.
A minha sugestão a você, meu amigo, é esta: “Vai, e faze da mesma maneira” (Lucas 10:37).

sábado, 18 de febrero de 2012

AS DUAS LARANJAS

Una historia de F. B. Meyer

“… A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5.16)

Ao cruzar o Atlântico num navio, há muitos anos, o ensinador da Bíblia e escritor F. B. Meyer foi convidado para falar aos passageiros.

Um agnóstico escutou a mensagem de Meyer sobre a oração respondida e disse a um amigo, “Não acreditei numa só palavra daquilo”.

Mais tarde, no mesmo dia, o agnóstico foi ouvir Meyer falar a um outro grupo de passageiros. Mas antes de ir para o encontro, pôs duas laranjas no bolso. A caminho, passou por uma senhora de idade que dormitava num cadeirão de convés. Os braços dela estavam estendidos e as mãos abertas, de modo que, em tom de gozo, ele colocou as duas laranjas nas palmas das mãos dela.

Após a reunião, ele viu a senhora estar a comer, com um ar feliz, uma das peças de fruta.

“Parece estar a saborear essa laranja”, assinalou ele com um sorriso.

“É verdade, cavalheiro”, respondeu ela, “O meu Pai é muito bom para mim.”

“O que é que quer dizer?”, insistiu o agnóstico.

Ela explicou, “Há dias que ando enjoada. Pedi a Deus que, de alguma forma, me enviasse uma laranja. Adormeci enquanto orava. E quando acordei, descobri que Ele me tinha enviado não apenas uma, mas duas laranjas!”

O agnóstico ficou admirado com a confirmação inesperada do discurso de Meyer sobre a oração respondida. Posteriormente, ele colocou a sua confiança em Cristo.

Sim, Deus responde à oração!

F. B. Meyer foi um pastor, pregador, autor de numerosos livros, mestre notável das Escrituras. Um dom dado à igreja de Cristo.

Frederic Brotherton Meyer foi um dos pregadores mais amados do seu tempo, e por mais de 20 anos expositor da Conferência de Keswick. Spurgeon dizia dele: "Meyer prega como um homem que viu Deus face a face".

F. B. Meyer nasceu em Londres em Abril de 1847, no seio de uma família cristã de origem alemã abastada e devota e passou para a presença do Senhor em 28 de Março de 1929.

jueves, 29 de septiembre de 2011

PARA PENSAR

PROMOTORES DE MISSÕES




Teve uma raça de pais que pôde ter levantado uma raça de missionários. Citarei o exemplo de uma anciã morava. Uma amiga a visitou com a tristeza refletindo-se em suas miradas: “Seu filho –lhe disse a amiga--, foi-se.--Se foi Tomás ao céu? Caiu ocupando seu posto nas atividades missionárias? ¡Quanto quisesse que Deus chamasse agora a meu filho Juan à obra! Pouco depois Juan era também missionário e também caiu. Nesta ocasião, a comissão que veio participar-lhe a notícia à mãe, manifestava-se muito triste; mas antes de que alguma das pessoas que a formavam tivesse aberto seus lábios, a anciã exclamou: ¡Oxalá que ele chamasse agora à obra a meu último filho, a Guillermo!” E Guillermo também foi e caiu, e esta vez a nobre mulher disse: “¡Quanto quisesse ter mil filhos que lhe dar a Deus”.

jueves, 28 de julio de 2011

ORAR E CLAMAR



Por Smith Wigglesworth

“Existem muitas igrejas onde jamais se faz o tipo de oração de At. 4:31. É uma igreja que não sabe orar e clamar, nunca será sacudida. Se você freqüenta um lugar como esse, pode muito bem dizer: “Icabode – a glória do Senhor se retirou de sobre o átrio”. Somente quando os homens aprendem o segredo da oração e da adoração, é que Deus se aproxima. Quando todo o povo comparecer, orar e adorar como fizeram os primeiros discípulos, algo acontecerá. Os que estiverem presentes vão pegar fogo e querer voltar. Contudo, não terão nenhuma utilidade num lugar onde tudo é formal, seco e morto. Está na hora do povo de Deus aprender como clamar com fé enquanto contemplam o poder eterno de nosso Deus, para Quem é perfeitamente possível ressuscitar os mortos. Você deve aprender e se apropriar da vitória e gritar na cara do diabo: “Está feito”!. Não há ninguém que possa duvidar se aprende a clamar. Tudo será diferente e coisas tremendas acontecerão.”

NÃO ENVIE MISSIONÁRIO...


Não envie missionário se fores esquecê-lo;
Não envie missionário se não queres mantê-lo;
Não envie missionário se não queres ajudá-lo;
Não envie missionário se queres só retorno financeiro;
Não envie missionário só com palavras sem ação de fato;
Não envie missionário para cobrar resultados rápidos;
Não envie missionário se julgar que um missionário é um super homem;
Não envie missionário só para fazer nome;
Não envie missionário se vai deixar falta-lhe o pão;
Não envie missionário se vai faltar-lhe comunicação;
Não envie missionário se teu coração não for com ele;
Não envie missionário se não é capaz de amá-lo;

Somente envie missionário se há em tua vida e coração amor e compromisso com missões!

AS OFERTAS: UMA PROVA SEGURA DO CARÁCTER DE QUEM DÁ



Por Andrew Murray

No mundo, o dinheiro é um padrão ou um certo critério de valor. É difícil expressar tudo o que o dinheiro significa para nós. É o símbolo do trabalho, da actividade, do talento. É com frequência uma amostra da bênção de Deus para com esforços diligentes. É o equivalente a uma grande parte de tudo quanto se pode ter ao serviço da mente e do corpo, da propriedade, do conforto ou do luxo, da influência e poder. Não é de estranhar que o mundo o ame, procure adquiri-lo e, com frequência, lhe rende adoração. Não é de admirar que seja o padrão de todos os valores, não apenas para coisas materiais, como também do próprio homem e, que, o homem, seja frequentemente medido pelo dinheiro que possui ou não.

Sem dúvida que, embora sob um princípio diferente, o homem é julgado não apenas pelo seu dinheiro no reino deste mundo, como também no reino dos céus o será com toda a certeza. O mundo se questiona: Quanto é que este indivíduo tem? Cristo pergunta: Como será que este homem usa o que tem? O mundo pensa, sobretudo, em ganhar dinheiro; Cristo, na melhor forma de vir a dá-lo. E quando um homem dá, o mundo ainda pergunta: Quanto dá? Cristo pergunta: Como deu? O mundo leva em conta o dinheiro e sua quantidade; Cristo, o homem que dá e seus motivos.

Isto pode ser visto na história da viúva pobre. Muitos que eram ricos davam muito, mas faziam-no «do que lhes sobrava». Não precisavam fazer nenhum sacrifício para poderem dar; a vida deles era tão boa e confortável tanto antes como depois de haverem dado, em nada mudava pela oferta; não lhes tinha custado nada. Não existia nenhum amor ou devoção especial a Deus em suas ofertas; apenas faziam parte de uma religião fácil e tradicional. A viúva doou duas moedinhas. Tirou do seu próprio sustento aquilo que deu. Deu tudo a Deus, sem reservas, sem nada reter. Deu tudo.

Como é diferente nosso critério para julgar as coisas de Cristo! Nós perguntamos quanto um indivíduo dá. Cristo pergunta quanto lhe resta. Nós olhamos a oferta. Cristo pergunta se a oferta foi um sacrifício. A viúva não ficou com nada para si, deu tudo. Esta doação ganhou a aprovação cordial de Jesus, por ter sido doada com espírito de sacrifício, como foi o Seu que, sendo rico, se fez pobre por amor a nós. Os outros deram muito, mas do que lhes sobrava; ela deu do que precisava, tudo quanto possuía e tinha.

Mas se nosso Senhor deseja que façamos o que ela fez, por que não nos deixou ordens específicas e claras sobre este assunto? Quanto nos alegraríamos quando ofertássemos. Ah, este é o centro fulcral da questão! Precisamos de uma ordem para o fazer! Este é precisamente o espírito do mundo na igreja, olhando o que damos, a quantia que damos. E isto é precisamente o que Cristo não quer nem aceita. Ele quer o amor generoso, o que dá sem que seja preciso mandar. Quer que toda a oferta saia ensopada no amor, uma verdadeira oferta voluntária. Se desejas a aprovação do Mestre, como a viúva pobre conseguiu, lembra-te de uma coisa: precisas colocar tudo a Seus pés, colocar tudo à Sua disposição. E isto, como sendo a expressão espontânea de um amor que, como o de Maria, não pode dar pouco, porque ama.

Todas as minhas ofertas voluntárias! Que prova de carácter. Senhor Jesus! Oh, dá-me a graça para Te amar de tal modo que eu possa saber como tenho de dar.

Tomado Del livro O Dinheiro de Andrew Murray

martes, 19 de julio de 2011

DEUS ME INSPIRA CANÇÕES NA NOITE



Por Charles Spurgeon

Deus, que me fez, que inspira canções de louvor durante a noite.

Jó 35.10

Qualquer indivíduo pode cantar à luz do dia. Quando a riqueza o cerca com abundância, qualquer homem pode louvar o Deus que lhe dá colheitas abundantes ou abençoa grandemente os seus negócios. É muito fácil para o conjunto de sinos ecoar músicas quando o vento está soprando; o difícil é a música ressoar quando nenhum vento está soprando.

E fácil cantar quando podemos ler a notas à luz do dia, mas aquele que é habilidoso canta do seu coração. Nenhum homem pode fazer uma música na escuridão de sua alma. Ele pode tentar, mas descobrirá que a música à noite tem de ser inspirada por Deus.

Quando todas as coisas vão bem posso entoar canções por onde quer que eu vá, regozijando-me pelas flores que crescem em meu caminho. Todavia, coloquem-me em um deserto onde não cresce qualquer coisa verde, e como poderei cantar um hino de louvor a Deus? Se minha voz é clara e meu corpo, saudável, posso cantar louvor a Deus. Silencie-se a minha língua, seja eu prostrado no leito da enfermidade, como poderei entoar os altos louvores de Deus, a menos que Ele mesmo me inspire as canções?

Não, não está no poder do homem cantar a Deus, quando todas as coisas estão contra ele, a menos que a música do céu encha a sua alma. Foi uma canção divina que Habacuque cantou, quando disse: "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação" (Habacuque 3.17-18).

Visto que nosso Criador nos inspira canções à noite, esperemos nEle para recebermos as músicas. Ó Grande Músico, não permita que permaneçamos em silêncio por causa de nossas circunstâncias. Ajusta os nossos lábios à melodia de ações de graças.

A ORAÇÃO DILIGENTE É O SEGREDO PARA UMA VIDA DE SANTIDADE

Por J. C. Ryle

Entre os verdadeiros cristãos existem grandes diferencia; no exército de Deus nem todos são iguais. É certo que todos se exercitam na boa peleja, mas há uns que lutam mais corajosamente do que outros. Todos estão ocupados na obra do Senhor, mas há uns que fazem mais do que os outros; todos são luz no Senhor, mas há uns que brilham mais do que outros. Todos correm a mesma carreira, mas há uns que chegam mais longe do que outros. Todos amam ao mesmo Senhor e Salvador, mas uns amam-No mais do que outros. Isto não é verdade?

Há pessoas que embora façam parte do povo de Deus, parece que não têm feito progresso qualquer desde o dia em que se converteram. Nasceram de novo, mas espiritualmente permanecem bebés durante toda a sua vida. Assistem à escola de Cristo, mas não passam do ABC do Evangelho e da santidade. Pertencem ao rebanho de Cristo, mas estão sempre no mesmo lugar, não se mexem. Ano após ano podemos observar nelas as mesmas faltas e debilidades. A experiência espiritual dos tais não mudou desde o dia de sua conversão. Só podem tolerar o leite do Evangelho, mas não podem com a comida forte. Sempre a mesma infantilidade na fé, as mesmas fraquezas, a mesma estreiteza mental e de coração, a mesma falta de interesse em algo que transborde o seu pequeno círculo, tudo exatamente igual como à dez anos atrás. São originais, certamente, mas peregrinos como os gabaonitas de antigamente...

Entretanto, há outros entre o do povo de Deus que progridem continuamente... Embora seja triste confessá-lo, não é isto certo?

lunes, 4 de julio de 2011

O CORAÇÃO DE JESUS



Samuel Logan Brengle

"Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas ... Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram..." (Tiago 5:10,11).

Jesus possuía um coração manso e benigno.

Paulo fala da "mansidão e benignidade de Cristo" (2 Coríntios 10:1) e Pedro nos declara que "quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se Àquele que julga rectamente" (1 Pedro 2:23). Ele não se vingou quando foi injuriado; não procurou tão pouco justificar-Se a Si mesmo, mas entregou a Sua causa a Seu Pai Celestial e aguardou resposta. "Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a Sua boca; como Cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha, muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a Sua boca" (Isaías 53:7). Essa era a perfeição real da mansidão, que não somente não se vingava quando d'Ele disseram mentiras, mas sofreu os erros mais cruéis e vergonhosos. "A boca fala do que está cheio o coração" (Mateus 12:34) e porque o Seu coração abençoado estava cheio de mansidão, Ele não Se revoltou contra Seus inimigos.

É este o tipo de coração que Jesus deseja que tenhamos quando nos ordena -: "Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra ... se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas" (Mateus 5:39,41).

Conheço um irmão de cor, muito alto, de peitos largos e braços fortes, o qual foi jogado de um bonde da maneira mais brutal e indecente, onde porém ele poderia estar como o próprio condutor. Alguém que conhecia seu passado de brigas, perguntou-lhe -: "Porque você não briga com ele, Jorge?"

"Não poderia brigar com ele, pois que Deus tirou toda a briga de mim", respondeu Jorge. "Quando você põe sua faca no fogo e tira o fio da mesma, esta não corta mais", acrescentou ele e exultou de alegria.

"Bem-aventurados os mansos" (Mateus 5:5), pois que o Senhor "de Salvação adorna os humildes" (Salmo 149:4).

TOMADO DE http://umavoznodeserto.blogspot.com

O AMOR VENCE

POR Richard Wurmbrand

Uma grande lição permaneceu após todas as surras, torturas e carnificina infligidas pelos comunistas aos cristãos: o espírito é capaz de dominar o corpo. Muitas vezes, ao sermos torturados, sentíamos a dor, mas era como se fosse algo distante e bem dissociado do nosso espírito que estava tomado com a glória de Cristo e a sua presença conosco.

Quando recebíamos uma fatia de pão por semana, e uma tigela de sopa de "água suja" por dia, decidimos que continuaríamos dando fielmente o "dízimo" mesmo nestas circunstâncias. De dez em dez semanas pegávamos a fatia de pão e a entregávamos a alguém que estava mais fraco como nossa oferta ao Mestre.

Um cristão recebeu a sentença de morte. Antes de ser executado, permitiram que visse sua esposa. Suas últimas palavras a ela foram: "Você precisa saber que morro amando aqueles que me matarão. Eles não sabem o que fazem, e meu último pedido é que você os ame também. Não sinta amargura no seu coração porque mataram o seu amado. Encontraremo-nos no céu."

Estas palavras impressionaram o oficial da polícia secreta que estava acompanhando a conversa entre os dois de tal forma que se converteu. Em conseqüência, foi colocado na prisão junto comigo, onde contou-me esta história.

Na prisão de Tirgu-Ocna, havia um prisioneiro muito jovem chamado Matchevici. Estivera ali desde a idade de dezoito anos. Por causa das torturas, estava agora muito doente com tuberculose. Sua família descobriu de alguma forma o seu estado de saúde, e enviou-lhe cem vidros de estreptomicina, que poderiam lhe fazer a diferença entre a vida e a morte.

O oficial político da cadeia chamou o prisioneiro e mostrou a encomenda. Disse-lhe: "Aqui está o remédio que pode salvar sua vida. Mas não é permitido receber encomendas da família. Pessoalmente, gostaria de ajudá-lo. Você é jovem. Não gostaria que morresse na prisão. Ajude-me a ajudá-lo! Dê-me informações contra seus companheiros na prisão, e isto me dará justificativa diante dos meus superiores por lhe ter entregue a encomenda."

Matchevici respondeu sem hesitar: "Não desejo permanecer vivo e ter vergonha de olhar no espelho, pois estaria vendo um traidor. Não posso aceitar tal condição. Prefiro morrer."

O oficial lhe estendeu a mão e disse: "Minhas congratulações. Não esperava que me desse qualquer outra resposta. Mas eu gostaria de fazer outra proposta. Alguns dos prisioneiros se tornaram informantes. Afirmam que são comunistas, e estão denunciando a você. Jogam dos dois lados. Não confiamos neles. Gostaríamos de saber até que ponto são sinceros. Para você foram traidores. Prejudicaram muito sua vida, informando-nos sobre suas palavras e ações. Compreendo que não queira trair seus companheiros. Mas dê-nos informações sobre estes que se lhe opõem, e assim salvará sua vida!"

Matchevici respondeu com a mesma rapidez que tivera na primeira proposta. "Sou um discípulo de Jesus, e ele nos ensinou a amar até nossos inimigos. Estes homens que nos traem realmente nos prejudicam muito, mas não posso pagar o mal com mal. Não posso dar informação nem contra eles. Tenho pena deles, oro por eles, mas não desejo ter qualquer ligação com os comunistas."

Matchevici voltou desta conversa com o oficial e morreu na mesma cela onde eu estava. Estive ao seu lado quando morreu, e morreu louvando a Deus. O amor venceu até mesmo a sede natural pela vida.

Se um homem pobre é um apaixonado por música, dará seu último centavo para assistir a um concerto. Ficará sem dinheiro, mas não sentirá frustração, pois encheu sua alma de sons maravilhosos.

Não me sinto frustrado por ter perdido muitos anos na prisão. Vi muitas coisas belíssimas. Já estive entre pessoas fracas e insignificantes na prisão, mas também tive o privilégio de estar na mesma cela com grandes santos, heróis da fé que se equipararam aos cristãos do primeiro século. Enfrentaram a morte por Cristo com alegria. A beleza espiritual de tais santos e heróis da fé nunca se poderá descrever.

As coisas que estou dizendo aqui não são excepcionais. As coisas sobrenaturais tornaram-se comuns aos cristãos na igreja subterrânea. A igreja subterrânea é a igreja que voltou ao primeiro amor.

Antes de ser preso, eu amava muito a Cristo. Agora, depois de ter visto a "Noiva de Cristo" – seu Corpo espiritual – na prisão, posso dizer que amo a igreja subterrânea tanto quanto amo ao próprio Cristo. Vi sua beleza e seu espírito de sacrifício.

Extraído de Torturado por Cristo, de Richard Wurmbrand. Para maiores informações sobre a igreja perseguida

viernes, 17 de junio de 2011

COMO ORAR

Por Charles Finney

Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Rom 8:26

Pode que perguntes: "Por quem temos de orar assim, com fervor? Queremos saber os casos, as pessoas, os lugares e os tempos se temos de fazer a oração de fé." E eu contesto, como já contestei antes: "Quando tendes a evidência --das promessas, Escrituras, providências ou diretrizes do Espírito-- de que Deus quer as coisas pelas quais orais."

"Não é verdade que há uma promessa de que os pais piedosos podem pedir por seus filhos? Por que, pois, há tantos pais piedosos que têm filhos impenitentes, que morrem em seus pecados?" Admitindo que seja assim, que demonstra este fato? "Que Deus seja veraz, e todo homem mentiroso" (Romanos 3:4). Que vamos crer, que a promessa de Deus falhou ou que estes pais não cumpriram com seu dever? Quiçá não criam a promessa, ou não criam que tivesse o que chamamos a oração de fé. Como seja, sempre que achamos um crente que não acredita em esta oração, vemos, em general, que seus filhos ou outros familiares estão ainda em seus pecados, não conduz um ponto de vista assim ao fanatismo?

Não pensarão muitos que estão oferecendo a oração de fé quando não o estão? Alguns pensam que o têm, e não o têm e são fanáticos. Mas há alguns que conhecem que é a oração de fé, como há os que sabem o que é a experiência espiritual, ainda que alguns que o professem, de coração frio, não o saibam. Inclusive há pastores que se fazem vulneráveis à reprimenda que Cristo deu a Nicodemo: "És tu mestre em Israel e não sabes estas coisas?" (Joao 3:10).

miércoles, 15 de junio de 2011

Preparando Meu Coração Para Aquele Dia

por George Müller

Aprouve ao Senhor ensinar-me uma verdade, que tem beneficiado a minha vida por mais de catorze anos. É o seguinte: percebi, muito mais claramente do que antes, que o assunto mais importante e mais urgente com que tenho de me ocupar a cada dia é conservar a minha alma muito feliz no Senhor. A primeira coisa com que devo me preocupar não é tanto o quanto eu posso servir ao Senhor, mas o quanto eu posso colocar a minha alma num estado de felicidade no Senhor e alimentar o meu homem interior.

Eu poderia procurar servir ao Senhor pregando a verdade aos incrédulos; poderia procurar beneficiar os crentes; poderia cuidar de aliviar os oprimidos. Poderia ainda procurar proceder de tal maneira a me comportar como um filho de Deus neste mundo, e contudo, por não estar feliz no Senhor e não ser alimentado e nutrido no meu homem interior dia a dia, tudo isto poderia não ser praticado corretamente, ou no espírito certo.

Até então a minha prática tinha sido, por pelo menos dez anos antes disso, de habitualmente me entregar à oração logo depois de me vestir de manhã cedo. Agora eu vejo que a coisa mais importante que eu deveria fazer era me entregar à leitura da Palavra de Deus, e nela meditar, de tal maneira que o meu coração pudesse ser confortado, encorajado, aquecido, reprovado, instruído. Percebi que assim, através da Palavra de Deus, enquanto meditava nela, o meu coração poderia ser levado a uma experiência de comunhão com o Senhor.

Comecei, a partir de então, a meditar no texto do Novo Testamento desde o começo, cedo de manhã. A primeira coisa que eu fiz, depois de pedir em poucas palavras a bênção do Senhor sobre a Sua preciosa Palavra, foi começar a meditar na Palavra de Deus, pesquisando em cada versículo para obter dele uma bênção, não para exercitar o ministério público da Palavra, não para pregar sobre aquilo que eu estava meditando, mas para obter alimento para a minha própria alma.

Descobri que, como resultado disso, invariavelmente logo depois de alguns minutos a minha alma era levada à confissão, ou à ação de graças, ou à intercessão, ou à súplica; de tal modo que, embora eu não tivesse inicialmente me dedicado à oração e sim à meditação, contudo eu era levado quase imediata-mente de um jeito ou de outro à oração.

Então, quando eu terminava com a minha súplica, ou intercessão, ou ação de graças ou confissão, eu continuava para os outros versículos, e novamente mergulhava na oração por mim mesmo ou pelos outros, de acordo com o que me guiava a Palavra, mas ainda mantendo diante de mim aquele objetivo da minha meditação, o de obter alimento para a minha alma.

A diferença, então, entre a minha prática anterior e esta atual é isto: antes, quando eu me levantava, eu começava a orar o mais cedo possível, e geralmente gastava quase todo o meu tempo até o café da manhã em oração, ou até todo o tempo. Em todas as ocasiões eu quase invariavelmente começava com oração, a não ser quando eu sentia a minha alma desnutrida, estéril, casos em que eu lia a Palavra de Deus para alimento, ou para refrigério, ou para renovação ou reavivamento do meu homem interior, antes de me entregar à oração propriamente dita.

Mas qual era o resultado disto? Geralmente eu ficava de joelhos quinze minutos, ou meia hora, ou até uma hora, antes de alcançar a consciência de estar recebendo conforto, encorajamento, humildade de espírito, etc., e muitas vezes, depois de ter sofrido com a divagação da minha mente pelos primeiros dez minutos, ou quinze, ou até mesmo meia hora, e então somente aí é que eu começava realmente a orar.

Raramente me acontece isto agora. Com o meu coração alimentado pela verdade, experimentando uma comunhão real com Deus, eu falo com o meu Pai e com meu Amigo (por mais vil que eu seja e indigno disto) acerca das coisas que Ele me trouxe na Sua preciosa Palavra. Muitas vezes eu me admiro agora de que não tenha percebido isto antes.

Pegue esta chave de ouro. Ele o chama. Entre no seu Santo Lugar.


Rendição Absoluta


Por Andrew Murray

Um trechinho de uma excelente leitura não faz mal a ninguém...

Deus espera sua rendição


Sim, isso tem como fundamento a própria natureza de Deus. Ele não pode fazer o contrário. Ora, quem é Deus? Ele é a Fonte da vida, a única origem da existência, do poder e da bondade, e nada há de bom no universo além do que Deus faz. Deus criou o sol, a lua e as estrelas; as flores, as árvores e a grama; e tudo isso não está completamente sujeito a Deus? Eles não permitem que Deus haja neles exatamente como quer? Quando o Senhor veste o lírio com sua beleza, ele não está entregue, rendido, sujeito a Deus enquanto Ele trabalha nele sua beleza? E vocês, filhos redimidos de Deus, oh, podem pensar que Deus poderá fazer sua obra se houver metade ou apenas uma parte sua rendida? Deus não pode fazer isso. Deus é vida, amor, bênção, poder e infinita beleza, e Ele se apraz em comunicar a si mesmo a cada filho que está preparado para recebê-lo; mas, ah! essa falta de rendição absoluta é exatamente o que O impede. E agora Ele vem e, como Deus, Ele exige isso.
Você sabe, da vida cotidiana, o que a rendição absoluta é. Você sabe que tudo deve sujeitar-se a seu propósito específico. Eu tenho uma caneta em meu bolso, e essa caneta está absolutamente entregue à tarefa de escrever, e deve estar absolutamente sujeita à minha mão se eu quiser escrever corretamente com ela. Se outro segurar uma parte dela, não poderei escrever adequadamente. Esse casaco está absolutamente sujeito a mim para cobrir meu corpo. Esse prédio está completamente dedicado aos serviços religiosos. E agora, você espera que em seu ser imortal, na natureza divina que você recebeu pela regeneração, Deus possa fazer sua obra, a cada dia e a cada hora, a menos que você esteja completamente sujeito a Ele? Deus não pode. O Templo de Salomão estava absolutamente sujeito a Deus quando foi-lhe dedicado. E cada um de nós é um templo de Deus, no qual Deus habita e age poderosamente sob uma condição: rendição absoluta a Ele. Deus exige isso, Deus merece isso, e, sem isso, Ele não pode operar sua bendita obra em nós.
Deus não apenas requer isso, mas Deus fará isso Ele mesmo.

Deus opera sua rendição

Tenho certeza que muitos corações devem estar dizendo: "Ah, mas rendição absoluta requer tanto!". Alguém dirá: "Oh, eu passei por tanto sofrimento, por tanta provação, e ainda há tanto do meu ego, e não ouso considerar sua completa rendição, pois sei que isso me causará muita dor e agonia."
Oh, esses pensamentos! Que pensamentos cruéis esses que os filhos de Deus têm a respeito dEle! Eu venho a você, que está temeroso e ansioso, com uma mensagem: Deus não espera que você lhe dê a rendição completa por sua própria força ou pela força de sua vontade; Deus quer operar isso em você. Não lemos que "é Deus quem opera em vós tanto o querer quanto o realizar"? E é isso que devemos buscar: nos prostrarmos perante Deus até que nossos corações aprendam a crer que o Deus eterno virá para expulsar o que está errado, conquistar o que é mal e operar o que apraz sua bendita vontade.
Deus é quem fará isso em você.